Sp. Braga, Gil Vicente, Moreirense, V. Setúbal. Depois da derrota na Luz com o FC Porto, o Benfica empreendeu um período de retoma que já leva quatro vitórias consecutivas na Primeira Liga e está nesta altura na liderança da tabela, ainda que à condição, a lutar com o Famalicão e o FC Porto pelo primeiro lugar de um Campeonato que quer reconquistar. Apesar do nível exibicional andar algo aquém daquilo a que Bruno Lage habituou os adeptos na temporada passada, a verdade é que o Benfica ganha há quatro jornadas seguidas e vai atrás do ritmo vencedor que aplicou na segunda metade do ano anterior.

Contra o V. Setúbal, Bruno Lage lançou Fejsa no onze inicial numa zona mais recuada do meio-campo — e o médio sérvio corresponde à chamada, ainda que só tenha jogado na primeira parte –, Taarabt na função de construtor, Pizzi e Rafa nos corredores e Gedson no apoio a Seferovic, num 4x4x2 que era mais 4x4x2 a defender e mais 4x4x1x1 a atacar. Gabriel entrou ao intervalo para oferecer critério na hora do último passe, Carlos Vinícius substituiu Pizzi e marcou o golo da vitória quatro minutos depois e Tomás Tavares rendeu André Almeida, visivelmente fatigado, tornando-se o terceiro jogador mais novo de sempre a atuar pelo Benfica na Liga (tem 18 anos e seis meses, contra os 17 anos de José Gomes e os 18 anos e dois meses de Renato Sanches).

Na flash interview, Bruno Lage garantiu que esta foi uma “vitória justa” por parte do Benfica. “Controlámos sempre o jogo. O V. Setúbal entrou como esperávamos: organizado, com bloco baixo, muita gente a controlar a posse, para depois tentar sair em transição com os alas e o seu avançado. Nós entrámos bem no jogo, de alguma forma colámos um pouco a organização do V. Setúbal à sua área. Fomos criando oportunidades, mas nem sempre com o critério certo. Temos de tentar ter mais paciência para levar a bola de um lado para o outro. A troca do Gabriel foi para isso mesmo, mas depois da Supertaça esteve sem jogar e praticamente sem treinar e estava condicionado para fazer apenas 45 minutos”, disse o técnico encarnado.

“Tínhamos de tentar variar com velocidade, para desorganizar o Vitória. A entrada do Carlos [Vinícius] foi para tentar forçar e tirar partido dos cruzamentos. Depois, quando chegámos ao golo e tínhamos de controlar, acontece a expulsão do Adel [Taarabt]. Aí foi manter-nos concentrados. Mas com muita gente a recuperar e a regressar, sem ritmo ideal, foram dez minutos de equipa, de entrega… Valeu imenso o apoio dos adeptos nessa fase, porque não permitimos oportunidades para o Vitória reduzir. Fico satisfeito pelos três pontos e pelo final deste bloco difícil. Temos a Liga dos Campeões ainda, mas estamos em primeiro, estamos sólidos… Vamos ter a Champions ainda, mas depois disso teremos tempo para recuperar e treinar, de forma a termos um jogo mais consistente. Temos de criar mais oportunidades e fazer mais golos”, defendeu Bruno Lage.

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