O cabeça de lista por Vila Real do Nós, Cidadãos! cancelou esta segunda-feira uma greve de fome, em frente ao Palácio de Belém, contra a “discriminação” aos partidos pequenos, após ter a garantia de ser atendido.

“Não vejo razão para continuar, uma vez que já estou aqui dentro [no Palácio de Belém]. A greve de fome termina neste momento”, informou Orlando Cruz, à agência Lusa, pelas 15h05, acrescentando que será recebido por um assessor de imprensa da Presidência da República.

O antigo militante do CDS-PP contou que não tinha a certeza de que seria recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mas que será recebido por alguém da equipa presidencial.

Orlando Cruz demonstrou o seu descontentamento, cerca das 13h30, em frente à residência oficial do Presidente da República, em Lisboa, onde criticava a “discriminação que é feita” aos partidos sem assento parlamentar por não participarem nos debates com o PS, PSD, BE, CDS, CDU e PAN.

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Segundo disse, há muitas pessoas que “estão descontentes com a discriminação que é feita” e a luta visa várias entidades públicas.

Nós não podemos estar contra a comunicação social privada, mas sim contra a Comissão Nacional de Eleições, contra os governos, contra os seis partidos”, salientou, reconhecendo que “a comunicação social não tem obrigação de fazer as campanhas eleitorais”.

Orlando Cruz acusou ainda os partidos com assento parlamentar de não defenderem os que não têm lugar na Assembleia da República. “Não há um partido que diga: não, não vou aos debates sem participarem todos os partidos”, frisou.

O também diretor da Rádio Alfa 1 (Porto) anunciou a greve de fome “em defesa da democracia”, que acabou por durar cerca de duas horas.

O atual dirigente do Nós, Cidadãos! candidatou-se, em 2013, à Câmara de Matosinhos, pelo Partido Trabalhista Português (PTP), tendo formalizado a sua candidatura junto do tribunal local montando num burro chamado ‘troika’.