O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que temas como a regulação, o financiamento e a privacidade devem ser debatidos na Web Summit, a quem assegurou o apoio de Portugal, incluindo no plano dos investimentos em infraestruturas.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém, em Lisboa, num encontro com representantes de startups portuguesas que vão participar na edição deste ano da cimeira tecnológica, a quarta realizada em Portugal, que decorrerá entre 4 a 7 de novembro, em Lisboa.

Na Sala das Bicas do Palácio de Belém, o chefe de Estado dirigiu-se aos “protagonistas da revolução digital” e disse-lhes que “agora há que tratar na Web Summit temas de uma revolução que amadureceu, temas como a regulação, como a privacidade, como o financiamento, como a sustentabilidade”.

“Eram temas que já vinham de trás, mas ganharam importância hoje. Hoje que a vossa realidade é uma realidade imparável, é preciso tratar desses temas”, reforçou Marcelo Rebelo de Sousa, perante o irlandês Paddy Cosgrave, cofundador da Web Summit, a quem se referiu como “cidadão português, quase”.

Em seguida, o Presidente da República deixou uma mensagem sobre o futuro, manifestando-se convicto de que a Web Summit “vai recomeçar várias vezes” e para isso conta com “a imaginação do Paddy, mais o apoio de Portugal, mais os investimentos infraestruturais que vão sendo feitos”. “E vão ser mesmo feitos, Paddy”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, num discurso que antecedeu curtas intervenções de cada um dos 75 convidados, já sem a presença da comunicação social.

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Neste encontro esteve também presente o ministro Adjunto e da Economia cessante, Pedro Siza Vieira, que no sábado tomará posse como membro do novo Governo do PS, assumindo as funções de ministro de Estado e da Economia e da Transição Digital.

No final da sua intervenção, o chefe de Estado disse que as ‘start-ups’ contribuíram para uma “viragem geracional na economia e na sociedade” e “criaram empregos, criaram empresas, criaram novas dinâmicas” em Portugal.

O Presidente da República agradeceu em especial a Paddy Cosgrave por ter sabido “perceber que Lisboa e Portugal eram interessantes — complicados, mas interessantes, dando algumas dores de cabeça, mas interessantes, obrigando-o a falar muitas vezes e a estudar muitos cenários, mas interessantes”.

“E não está arrependido, e não pode arrepender-se”, considerou.