A seleção portuguesa de râguebi regressa no sábado ao Europe Championship, numa partida frente à Bélgica, em Lisboa, pondo fim a uma ausência de três anos no principal escalão europeu da modalidade, excetuando o Torneio das Seis Nações. Portugal já venceu a competição, em 2004, mas foi despromovido ao Trophy, em 2016, após terminar no último lugar, regressando este ano à elite, depois de, no ano passado, vencer a divisão inferior e bater a Alemanha, por 37-32, num play-off, em Frankfurt.

Por ser o primeiro ano após o regresso ao torneio, também conhecido por Seis Nações B, e por se apresentar com uma equipa muito jovem, o selecionador de Portugal, Patrice Lagisquet, traçou metas modestas. “O objetivo é a manutenção. Temos de garantir que continuamos nesta divisão para disputar o acesso direto ao Mundial”, definiu o treinador francês, em declarações à agência Lusa, já de olhos postos em 2023.

A World Rugby ainda não estabeleceu o número de vagas diretas para seleções europeias no Mundial de 2023, mas é certo que estas serão atribuídas pela classificação do Championship no biénio 2021-2022. Por esse motivo, o desafio de sábado assume vital importância, visto tratar-se, na teoria, do adversário direto no objetivo de permanência no principal escalão da Europa.

Por um lado, é positivo jogar já com a Bélgica, pois não é a equipa mais forte. Por outro, é negativo, porque não temos ainda os jogadores dos campeonatos profissionais franceses e gostava de ter um ou dois jogos antes para organizar a equipa”, analisou Lagisquet.

Apesar das ausências, o técnico mostra-se confiante na “qualidade do grupo”, que tem “treinado muito bem”, e acredita que a seleção está “melhor” do que em novembro para enfrentar os desafios que se avizinham.

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Geórgia e Espanha são os adversários mais fortes. Os georgianos têm um pack avançado poderoso, que joga quase todo em França, e agora também têm qualidade nas linhas atrasadas, enquanto os espanhóis são fortes no maul e têm velocidade atrás. Gosto muito de os ver jogar”, analisou o Express de Bayonne.

Sobre a Rússia, Lagisquet reconheceu que “tem sempre avançados muito fortes” e lembrou a dificuldade acrescida de “jogar lá em pleno inverno”, enquanto sobre a Roménia assumiu ser uma incógnita, uma vez que, além da renovação de jogadores, “mudou de treinador” recentemente.

Portugal estreia-se no Championship no sábado, frente à Bélgica, em Lisboa, e recebe a Roménia em 8 de fevereiro, nas Caldas da Rainha. No dia 22 de fevereiro, visita a Rússia, seguindo-se a receção à Geórgia (7 de março, em Paris), e a vista a Espanha, uma semana depois.

O Championship disputa-se num sistema anual de todos contra todos a uma volta e o último classificado joga um play-off, em casa, com o campeão do escalão inferior, o Trophy, que determina a competição a disputar pelas duas seleções no ano seguinte.