O mais importante era ganhar e disso não há dúvidas. Mas também era importante marcar golos, não sofrer golos, jogar melhor e sair motivado: e o Benfica acabou por conseguir preencher todos esses requisitos. A equipa de Bruno Lage tornou-se apenas a segunda a ganhar ao Gil Vicente em Barcelos, depois do Moreirense, e a primeira dos quatro primeiros a sair do recinto dos gilistas com três pontos, depois das derrotas do FC Porto e do Sporting e do empate do Sp. Braga.

E eis que, no meio de alguma escuridão, felizmente há um luar chamado Taarabt (a crónica do Gil Vicente-Benfica)

Garantida a vitória, que colocou o Benfica novamente no primeiro lugar com mais um ponto do que o FC Porto, os encarnados conseguiram ainda interromper a série de quatro jogos seguidos sem ganhar, inédita esta temporada, prosseguiram uma série de 20 jogos seguidos na Liga a marcar fora de casa e ainda conseguiram manter a baliza inviolada, depois de seis jogos seguidos a sofrer golos. Com este jogo, o Benfica atingiu os 50 golos no Campeonato, reforçando o estatuto de melhor ataque — ainda que tenha permitido 16 remates ao Gil Vicente, um número só superado pelos 17 feitos pelo FC Porto no Dragão já este mês.

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A título individual, e mesmo com grandes exibições de Vlachodimos e Taarabt, Carlos Vinícius acabou por assumir o papel de homem do jogo ao marcar o único golo da partida. O avançado brasileiro marcou o golo da vitória encarnada pela quarta vez esta temporada (depois de V. Setúbal, Vizela e Sp. Braga) e chegou aos 15 na Primeira Liga, sendo o melhor marcador da prova. Em todas as competições, Vinícius já leva 20 golos — igualando a melhor temporada da carreira, em 2017/18, quando fez duas dezenas de golos em 39 jogos ao serviço do Real Massamá.

Na flash interview, Bruno Lage reconheceu que Barcelos é “um campo difícil”. “Mas o mais importante nesta fase foi conseguido, que era vencer. Tivemos uma boa primeira parte, com golo e mais ocasiões para marcar. Depois houve uma reentrada forte. Depois, o jogo ficou dividido e podíamos ter tido mais calma para controlar o jogo com bola. Controlámos de outra maneira e fomos gerindo com substituições. Mas importante era vencer e continuar em primeiro”, explicou o técnico encarnado, que falou ainda sobre a influência do cansaço numa equipa que jogou na passada quinta-feira e que volta a jogar a meio da semana.

“São circunstâncias que acontecem em função do resultado estar 1-0. Com este resultado o Gil podia colocar em xeque as nossas costas, tentando aproveitar um ou outro jogador que não está a atravessar um bom momento. Sinto que a equipa teve um critério muito bom, construímos de várias maneiras, chegámos ao terço ofensivo de várias formas e até podíamos ter sido mais ofensivos. Nos últimos 25 minutos perdemos o controlo do jogo a construir”, concluiu Lage.