Portugal registou dos maiores progressos em termos de inovação nos últimos anos, e passou a integrar o grupo de Estados-membros da União Europeia considerados “inovadores fortes”, revela o Painel Europeu de Inovação esta terça-feira divulgado pela Comissão Europeia.

O relatório anual esta terça-feira publicado mostra que, entre 2012 e 2019, Portugal foi um dos cinco países da UE que mais progrediu em matéria de inovação, destacando-se o ‘salto’ dado nos últimos dois anos, de 84 pontos para 105 pontos, o que coloca o país pela primeira vez no grupo de “inovadores fortes”, depois de ao longo dos últimos anos ter sido considerado um “inovador moderado”.

Pelo segundo ano consecutivo, Portugal é mesmo líder numa das áreas contempladas para a elaboração do “ranking”, a “inovação nas pequenas e médias empresas”, e integra agora o grupo de sete países considerados “inovadores fortes”, o segundo mais elevado da hierarquia, depois dos “líderes em inovação”, que são Suécia, Finlândia, Dinamarca, Holanda e Luxemburgo.

O relatório aponta que, em média, o desempenho em termos de inovação na UE aumentou 8,9% desde 2012 — tendo as maiores subidas sido protagonizadas por Lituânia, Malta, Letónia, Portugal e Grécia -, e, pelo segundo ano consecutivo, suplanta o dos Estados Unidos, permanecendo também à frente de potências como Rússia e China.

Contudo, aponta a Comissão Europeia, a UE tem de fazer mais progressos para se aproximar dos líderes de inovação a nível global, designadamente Coreia do Sul, Austrália e Japão, grupo do qual tem vindo a distanciar-se, enquanto o fosso para os países que se encontram atrás de si tem vindo a ser encurtado, advertindo o relatório que o desempenho da inovação na China “cresceu mais de cinco vezes do que a União Europeia” desde 2012.

“A UE está a liderar a saída da crise da Covid-19, intensificando o seu apoio aos esforços de investigação e reunindo diversos agentes dos ecossistemas de inovação, tanto do setor público como do privado, que podem transformar novas ideias em realidade e melhorar a vida dos cidadãos. A UE pós-covid será mais forte e mais unida do que nunca, tirando partido da sua criatividade e do seu desempenho em matéria de inovação, como o painel de avaliação deste ano salienta”, comentou a comissária Mariya Gabriel, que sucedeu a Carlos Moedas como responsável no executivo comunitário pela pasta da Inovação.

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