O Presidente da República quer um “esclarecimento cabal” e “por todos os meios” sobre o que se passou no Novo Banco “num passado recente” e aguarda o resultado da auditoria adiado para este mês.

Marcelo Rebelo de Sousa assumiu estas posições em declarações aos jornalistas, à saída de uma visita à Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em Lisboa, sem se querer pronunciar sobre se deve ou não haver uma investigação judicial sobre a gestão do Novo Banco.

Há cerca de dois anos que Marcelo Rebelo de Sousa pede uma auditoria a esta instituição financeira. O Presidente recorda o incidente na Autoeuropa, que culminou na saída de Mário Centeno do Governo: “Foi-me dito, na altura em que levantei esse problema, na Autoeuropa, que viria uma auditoria que estava ligeiramente atrasada e que viria até ao final de julho”.

“Estamos hoje no dia 28 de julho”, reforça o Presidente, que diz que se tem batido insistentemente pelo tema, “às vezes com a sensação de que pregava no deserto”.

O Presidente defende o esclarecimento por todos os meios, mas não interfere nas decisões das autoridades. “Isso aí entendo que é uma iniciativa própria das autoridades judiciais, nas quais o Presidente da República não se imiscui. O que eu digo é que é importante que haja o esclarecimento cabal, por todos os meios — seja jurisdicional, não seja jurisdicional, o que for entendido pelas autoridades competentes —, daquilo que se passou, nomeadamente num passado recente, nos anos mais próximos, que envolve, direta ou indiretamente, dinheiro dos portugueses”, afirmou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, se “os portugueses são chamados a participar num compromisso”, “têm todo o direito a saber o destinatário dos seus contributos financeiros”.

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