Deputados socialistas questionaram o ministro das Infraestruturas e da Habitação sobre as condições em que a transportadora aérea TAP está a operar em países com uma comunidade portuguesa numerosa.

Os parlamentares Paulo Pisco, Carlos Pereira, Lara Martinho e Paulo Porto dão conta da “frustração” expressa por emigrantes portugueses por não terem condições para voar na TAP, “seja pela redução do número de voos e de opções, seja pela política de preços altos praticada em algumas rotas, seja ainda pela instabilidade causada pelos cancelamentos e anulação de voos”.

Os deputados socialistas consideram que a companhia aérea de bandeira nacional tem uma “missão incontornável de serviço público” que deve refletir na sua relação com as comunidades portuguesas, “como consta das suas orientações e obrigações”, mas que não se está a verificar, causando transtorno e tendo os emigrantes de recorrer a outras operadoras.

Tem havido muitas queixas sobre a anulação e cancelamento de voos”, sublinham os deputados subscritores da pergunta enviada à tutela.

Segundo o documento, além de custos inesperados, há planos de voo alterados “sem qualquer respeito pelos direitos dos passageiros, o que está a acontecer com muitas pessoas que já tinham feitas as suas reservas de viagens há mais tempo”.

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Considerando igualmente que “os inúmeros casos que têm ocorrido geram perda de confiança em relação à companhia portuguesa”, os quatro deputados perguntam ao ministério tutelado por Pedro Nuno Santos “por que razão a TAP tem cancelado voos oriundos de aeroportos europeus, particularmente de França, Luxemburgo, Suíça ou Alemanha”.

Os signatários querem ainda saber qual a dimensão da redução dos voos da TAP para os aeroportos de França, Luxemburgo, Suíça e Alemanha, e quanto voos semanais existem agira para estes países, tal como se a companhia aérea encara a possibilidade de aumentar o número de voos.

Na pergunta, os deputados do PS mostram-se preocupados com as ligações à Venezuela e questionam Pedro Nuno Santos sobre a perspetiva de reinício dos voos para o país, assim como questionam sobre a possibilidade de haver uma ligação direta à África do Sul, “indo ao encontro de expectativas legítimas das comunidades portuguesas residentes nesses países”.

No documento, no qual o primeiro subscritor é Paulo Pisco, eleito pelo círculo da Europa, é também mencionada a preocupação sobre a forma como a empresa vai compensar os clientes prejudicados com o cancelamento e anulação de voos.