Nove artistas estão desde segunda-feira a pintar paredes em Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, a convite do festival Fazunchar, que vai deixar mais de uma dezena de obras de arte mural no concelho.

À segunda edição, o festival chega mais longe, descentralizando o programa até às freguesias de Arega, Aguda e Campelo, onde três artistas deixam também a marca do Fazunchar.

Segundo a curadora Lara Seixo Rodrigues, da plataforma Mistaker Maker, a intenção em 2020 é “envolver todos os públicos”, assumindo o Fazunchar como uma “festa das artes” promotora da “transformação da comunidade”.

Num ano em que muitos eventos culturais foram cancelados, o festival de Figueiró dos Vinhos resistiu pelo facto de ter no espaço público o palco para “criação de novos diálogos, novas sensações e novos conhecimentos”.

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“Acreditamos que é possível fazer tudo, obviamente com os devidos cuidados, como os concertos ou as visitas guiadas. Dá-nos mais trabalho a pensar como tudo poderá ser feito, mas quisemos manter tudo”, sublinha Lara Seixo Rodrigues.

Apesar das condicionantes decorrentes da pandemia, esta edição conta com três artistas estrangeiros, casos do polaco Dimitris Taxis, do espanhol Doa Oa, que está a pintar na freguesia de Arega, ou da britânica Helen Burr, que já espalhou dez peças pelas ruas do centro histórico de Figueiró dos Vinhos, pinturas de pequena dimensão de pessoas que previamente fotografou por lá.

Até domingo, também Tamara Alves, Draw & Contra, The Caver, Adamastor e Mantraste vão produzir obras visuais para o concelho, trabalhos inspirados na relação que tiveram com o território e com a comunidade.

Ao longo do fim de semana, a organização promove oficinas e visitas guiadas pelos trabalhos realizados nesta edição. Nas noites de sexta-feira e sábado há concertos com Surma e Cassete Pirata, respetivamente.