As motos desportivas, tradicionalmente as mais potentes, são incrivelmente rápidas. Extraem até 230 cv de apenas um litro de cilindrada, mas nada de motores com um, dois ou três cilindros, com a opção a recair nos tetracilíndricos, sejam eles em linha ou V4, pois pistões mais pequenos permitem atingir mais rotação e, logo, mais potência.

Contudo, há sempre quem queira ir mais longe na busca de emoções e, para estes, um pequeno motor com quatro cilindros e um litro é pouco. Não pelos 230 cv mas pelo reduzido binário, tradicionalmente pouco acima dos 100 Nm e, para cúmulo, obtido a um regime muito elevado. Foi por isso que surgiram fabricantes de motos como a norte-americana Boss Hoss ou a finlandesa Bee-One. E se a primeira vive sobretudo de choppers, a nórdica avançou para as naked desportivas.

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Enquanto uma Ducati Superleggera V4 não ultrapassa 159 kg, assumindo-se como uma das mais potentes e leves do mercado, a Bee-One Bomb Boss salta para os 500 kg. Não porque seja feita de chumbo, mas porque usa como motor um imponente V8 da Chevrolet que, apesar de se integrar na categoria small blocks, chega a ter 7,4 litros, 465 cv e 827 Nm.

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Este enorme V8 não é propriamente uma peça de relojoaria ou o último grito tecnológico, uma vez que, com um pouco de sorte, motorizou um Chevrolet Corvette de 1974. Segundo o construtor, antes de ser instalado na Bomb Boss, o V8 é suavizado mas, ainda assim,  fornece potência e binário que lhe permitem realizar burnouts a qualquer velocidade, fruto dos 600 Nm que entrega logo a partir de baixas rotações.

Para estar de acordo com a lei finlandesa, o homem por detrás da empresa Bee-One, Janne Uskali, viu-se obrigado a partir de uma Boss Hoss para construir a sua Bomb Boss. Trata-se de um brinquedo que custa um mínimo de 50.000 dólares, sendo que fica mais em conta se partir de uma moto usada. Há motos mais ágeis, mas nenhuma consegue realizar burnouts a 160 km/h, pelo menos até destruir o imenso pneu 360/30 em jante 18” que monta atrás.