O Presidente da República classificou esta quarta-feira o Plano de Recuperação e Resiliência como “uma peça” da estratégia para o país nos próximos 10 anos, havendo investimentos que não estão identificados porque têm outros financiamentos.

Há muitas vezes na discussão sobre este plano a ideia que está lá tudo o que tem a ver com a estratégia para os próximos 10 anos, mas não está, está uma parte, há muita coisa que não está lá porque é para ser financiada por outros fundos europeus ou porque está prevista noutros planos nacionais”, vincou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à saída de uma visita aos Clérigos, no Porto.

O Chefe de Estado referiu que se falou “tanto dele” que os portugueses estão à espera de ver nele a resposta para “tudo e quase tudo e para grande problemas nacionais”.

Reforçando que o plano é uma “peça” da estratégia, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que “há muitos investimentos fundamentais e estruturantes” que não estão no documento porque estão no quadro financeiro plurianual.

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Há muitos aspetos importantes do ordenamento do território que não estão lá porque estão no plano do ordenamento do território e há muitos aspetos relacionados com o clima que não estão lá, mas estão no plano para o clima”, exemplificou.

Os portugueses acham que tem de “estar tudo” no plano, mas não tem, vincou, lembrando que o documento assenta em três ideias básicas, nomeadamente a transição energética, a digitalização e a situação na saúde, habitação e setores sociais.

“E o resto?”, questionou, respondendo de seguida que entram noutros financiamento europeus. E, tudo somado, chega-se à “tal estratégia” nacional, frisou.

Aquilo que todos os portugueses querem é que o dinheiro europeu venha o mais rápido possível, seja utilizado da melhor maneira possível e executado com controlo e fiscalização.

Na sua opinião, o país não pode correr o risco de perder dinheiro porque não é utilizado a tempo e porque é mal usado.

Está é uma oportunidade única, não apenas para acorrer a situações críticas que vivemos e vamos viver nos próximos meses, mas para construir um país diferente e se não aproveitamos para construir um país diferente nunca mais teremos este dinheiro vindo da Europa”, reforçou.

Marcelo Rebelo de Sousa ressalvou que o ambiente que permitiu, neste momento, a aprovação deste financiamento global é “irrepetível”.