Longe vai o tempo em que um estojo com 12 canetas de feltro Molin equivalia a um kit de iniciação à pintura amadora. Com o aperfeiçoar da técnica, crescia também a ambição. Era tudo uma questão de papel, porque no que dependesse das cores da marca portuguesa, nunca a criatividade conheceria limites.
Daí em diante, a evolução era feita com sucessivos ritos de passagem. O primeiro conjunto de 22 cores, as 25 e as 50 – degraus lógicos numa época em que, de norte a sul, os miúdos passavam horas esquecidas a colorir. No chão ou em cima da mesa, nenhuma outra caneta era como aquelas. Na parede? Muito provavelmente, embora a tinta lavável seja uma invenção do início dos anos 90.
E havia mais: os instrumentos de medição, os lápis e esferográficas. A fábrica de Vila Nova de Gaia chegou mesmo a produzir estiradores. A empresa fechou portas em 2001, deixando um vazio nas prateleiras de supermercados e papelarias, mas também nos estojos, mochilas e secretárias lá de casa. A nostalgia falou mais alto e fez com que um empresário concorrente quisesse reanimar a velha marca. Victor Pais tem estado a preparar o regresso da Molin e os primeiros artigos – réguas, esquadros e transferidores – devem voltar às lojas ainda este ano.
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