Os representantes dos profissionais dos centros de saúde estão confiantes de que o primeiro grupo da primeira fase do plano de vacinação contra a Covid-19 será concluída em menos de duas semanas, noticia o Público.

Este primeiro grupo irá englobar 400 mil portugueses a partir dos 50 anos com doenças graves, como insuficiência cardíaca e doença coronária. Ao todo, serão vacinadas durante a primeira fase 950 pessoas, que incluem, entre outros, residentes e profissionais de lares de idosos e instituições semelhantes, profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados e profissionais de serviços essenciais, das forças de segurança e das Forças Armadas.

“Bastará uma semana a dez dias para vacinar estes doentes”, disse ao Público o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Rui Nogueira. “Serão cerca de 400 doses por unidade de saúde.”

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O presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), o enfermeiro Diogo Urjais, também se mostrou otimista. Ao mesmo jornal, disse que, “na primeira fase, se mantiverem estes grupos de risco, as 900 unidades funcionais e algumas extensões em locais mais isolados têm capacidade para vacinar com rapidez”.

Segundo Diogo Urjais, a expectativa é grande e já há quem queira agendar a vacinação. Vai ser preciso “muita organização e uma grande aposta na comunicação para evitar correrias, desconfianças e stress desnecessários”, defendeu, lembrando o que acontecei com a vacinação contra a gripe.

Os dois responsáveis não estão tão confiantes em relação à segunda fase do plano, dirigido aos portugueses com mais de 65 anos, com ou sem patologias, e doentes crónicos entre os 50 e os 64 anos. Para proceder à imunização destas 2,7 milhões de pessoas, será preciso um reforço do pessoal, nomeadamente de enfermeiros e de secretários clínicos, que escasseiam porque “não abrem concursos há uma década”.

O presidente da USF-AN apontou que, durante a vacinação contra a gripe, que envolveu um número muito menor de pessoas, alguns centros de saúde tiveram de trabalhar aos sábados. Por essa razão, Rui Nogueira sugere que se peça a colaboração das farmácias, que podem vacinar os idosos saudáveis. A imunização contra a Covid-19 não pode parar aos fins de semana, defendeu.