O pedido do Novo Banco de 598 milhões de euros ao Fundo de Resolução “manifestamente ultrapassa” a avaliação das necessidades, disse o primeiro-ministro este sábado. António Costa reforça, assim, a posição já expressa na sexta-feira pelo Ministério das Finanças, que considera que o qual o valor final de injeção “ficará abaixo do previsto na proposta de OE2021”, ou seja, abaixo de 476 milhões de euros.

Questionado pelos jornalistas este sábado, durante uma visita ao Pavilhão Multiusos de Odivelas, onde decorre a vacinação de pessoal docente e não docente, António Costa não se alongou às declarações já feitas pelo Ministério de João Leão. “É um pedido, será devidamente apreciado, como o Ministério das Finanças já disse. Manifestamente ultrapassa a avaliação que se faz das necessidades e o que é devido“, afirmou.

Na sexta-feira, o Novo Banco anunciou que vai pedir ao Fundo de Resolução 598 milhões de euros. Mas tanto o Fundo de Resolução como o Governo consideram que há 160 milhões que não devem ser pagos. Esse montante corresponde a uma provisão para a venda de operação espanhola do Novo Banco, que ainda não foi concretizada.

Segundo o Fundo de Resolução, encontra-se “em análise se os respetivos impactos nas contas do Novo Banco estão abrangidos, nos termos do contrato, pelo mecanismo de capitalização contingente”. Já o Ministério das Finanças, em comunicado, disse que  está “plenamente convicto” de que o valor final do pedido feito pelo Novo Banco ao Fundo de Resolução, “após a verificação das entidades competentes, ficará abaixo do previsto na proposta de OE2021”, ou seja, abaixo de 476 milhões de euros.

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