A direção da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) voltou esta sexta-feira a reclamar do habitual atraso nas promoções anuais previstas, em ofício enviado ao Ministro da Defesa Nacional (MDN) e também aos chefes militares.

“Como é do conhecimento das chefias dos diferentes ramos das FA, as listas de promoção para 2021 já deveriam ter sido homologadas até 15 de dezembro de 2020 e publicadas até 31 de dezembro de 2020. Tem sido prática ilegal constante sancionada por esse Ministério, e, não abandonada até ao presente pela sua magistratura, remeter deliberadamente as promoções para o fim do ano — dezembro —, prejudicando os militares nos seus rendimentos e expectativas de desenvolvimento de carreiras”, lê-se no documento.

O texto, enviado igualmente aos chefes de Estado-Maior dos três ramos das FA (Marinha, Exército e Força Aérea), insta o responsável pela tutela, Gomes Cravinho, “que se digne informar e mandar informar aos diferentes ramos, a esta associação, se o ano de 2021 será mais um ano em que as ilegalidades acima descritas se irão repetir“.

Por exemplo, em dezembro de 2020, o MDN aprovou perto de 6.000 promoções de militares, com efeitos a 01 de novembro, mais cerca de 19% do que em 2019, ano em que foram aprovadas quase 5.000 promoções.

Este envio de ofício foi a primeira ação pública da recém-reeleita e empossada direção da AOFA, liderada pelo coronel António Mota.

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