A exibição não foi das melhores, o resultado não podia ser melhor: após a vitória mas consequente eliminação da Liga dos Campeões frente ao Chelsea, o FC Porto voltou ao Campeonato e voltou aos triunfos na Madeira frente ao Nacional com Taremi a marcar pelo terceiro encontro consecutivo e Marchesín a travar pela primeira vez uma grande penalidade desde que chegou aos azuis e brancos, terminando por isso como o MVP naquela que foi também a 100.ª vitória de Sérgio Conceição no Campeonato desde que assumiu o comando dos dragões.

Quando não dá para correr, Marche. E com toda a moral (a crónica do Nacional-FC Porto)

Com mais este triunfo, os dragões elevaram para seis o número de vitórias consecutivas na Liga, naquela que é a segunda melhor série da temporada e que poderá ser igualada na receção ao V. Guimarães, na próxima quinta-feira. Em paralelo, e também diante dos vimaranenses, o FC Porto poderá igualar o registo de três encontros seguidos sem sofrer golos, depois do 2-0 ao Tondela e ao 1-0 com o Nacional. São também estes números que dão outro alento aos campeões nacionais na revalidação do título, numa altura em que mantêm os seis pontos de atraso em relação ao Sporting a sete jornadas do final mas beneficiam já de seis pontos de avanço na segunda posição, num fosso que aumentou este fim de semana depois da derrota do Benfica frente ao Gil Vicente. Ao todo, são já 21 os jogos consecutivos sem derrotas, após o desaire em Paços de Ferreira em outubro.

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“Foi um jogo difícil, como já esperava. Vimos de uma semana com três jogos muito difíceis, com viagens pelo meio, e vir à Madeira com este clima, que é um bocadinho diferente do continente, também complica. O Nacional não tinha nada a perder e sabíamos da grande vontade e determinação deles. Na primeira parte, apesar do golo e de termos mais uma ou outra ocasião, o Nacional também nos criou perigo, o Marchesín defendeu um penálti e, sinceramente, se o jogo estivesse empatado ao intervalo, não estranharia. Acabámos por sofrer mais do que o expectável e fica a sensação de que nunca tivemos o controlo do jogo, apesar de termos mais oportunidades. É um resultado justo, depois de duas semanas muito difíceis a nível físico e mental”, começou por dizer o técnico dos azuis e brancos na zona de entrevistas rápidas da Sport TV logo após o final do encontro.

“Calendário? Tem sido assim… Já falamos várias vezes da calendarização e do que é uma equipa a representar o futebol português na Europa. É necessário alguma proteção a estas equipas, é preciso repensar. Tem sido extremamente desgastante, porque chegámos à Final Four da Taça da Liga entre as quatro melhores equipas, à meia-final da Taça de Portugal, quase à meia-final da Liga dos Campeões e estamos também nesta frente, que é o Campeonato. Temos de aceitar”, salientou ainda Sérgio Conceição, numa temporada em que a equipa já leva 46 jogos oficiais em cinco competições e que irá terminar com um total acumulado de 53.

“Resultados dos adversários? É muito importante ganhar os jogos que faltam. Hoje tínhamos este pela frente, sabíamos que o Nacional ia com tudo para cima para tentar criar dificuldades. Temos de olhar para nós, ganhar os jogos, correr atrás do prejuízo e acreditar. Nós acreditamos que é possível”, concluiu.