Bastaram 150 segundos (dois minutos e meio) para que um voo da companhia aérea Qantas esgotasse os 150 bilhetes reservados para a viagem que parte a 26 de maio do Aeroporto de Sidney. Mas esta viagem tem duas particularidades: nunca um voo tinha esgotado tão depressa — e este, ainda por cima, não vai para lado nenhum.

O avião, um Boeing 787 Dreamliner, vai levantar voo, vaguear pelo céu e aterrar no mesmo aeroporto sete horas depois. Mas a viagem é um verdadeiro destino paradisíaco: os passageiros vão sobrevoar a Grande Barreira de Coral, visitar a Baía de Sidney a 4.000 pés de altitude, assim como outras atrações turísticas da Austrália; e assistir a um eclipse lunar, a 40 mil pés de terra firme.

A companhia aérea cobrou 499 dólares australianos (o equivalente a 318 euros) por um bilhete económico e 1.499 dólares (cerca de 956 euros) por um bilhete na classe executiva. O preço não foi impedimento para os velozes clientes da Qantas, nem para as dezenas que ficaram em lista de espera, entretanto fechada.

O lugar reservado pouco importa: Alex Passerini, o piloto do voo, assegurou à Airways Magazine que o avião vai girar para que todos os passageiros possam desfrutar igualmente da vista. As largas janelas deste modelo da Boeing também ajudam a uma experiência melhorada, que inclui todas as mordomias do serviço da Qantas.

Este não é o primeiro voo “para lado nenhum” promovido por uma companhia aérea. A Royal Brunei Airlines (Brunei), a All Nippon Airways (Japão) e a Eva Air (Taiwan) também já organizaram viagens desta natureza. Mas o recorde anterior para a viagem que mais rapidamente esgotou também era da Qantas: um voo “para lado nenhum” em outubro, só para obter vistas idílicas das paisagens australianas, vendeu-se por completo em 10 minutos. Mas esse não teve direito a eclipse.

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