Mais do dobro dos remates tentados (20-9), o dobro das tentativas enquadradas com a baliza (4-2). Três vezes mais cantos (10-3). Mais posse de bola (58%-41%). Mais passes tentados (604-465), mais passes conseguidos (540-413). O mesmo número de faltas (11). Portugal foi apenas superior em termos estatísticos nas bolas recuperadas (33-23) e nas interceções (9-4). Não, foi superior nisso e no resultado. E, no final das contas, por mais números que possam existir para fazer a análise de um jogo, são os golos que contam, sejam eles marcados na baliza certa ou errada. Pela terceira vez na história, a Seleção Sub-21 carimbou o apuramento para a final de um Europeu da categoria. Mais do que isso, ganhou à ex-campeã e mais titulada Rojita que não perdia há 18 jogos.
A era dos Diogos ganhou um craque que só é Vitinha de alcunha (a crónica do Espanha-Portugal)
“É uma alegria tremenda estar entre as duas melhores da Europa. É um sentimento extraordinário, algo merecido por todo o trajeto que os jogadores têm feito. A Espanha fez um jogo muito bom mas a sorte bafejou-nos e estamos na final. Foi injusto para a Espanha mas justo para Portugal. É a 12ª vitória consecutiva, algo difícil de fazer e que só quem anda nestes escalões sabe. Tivemos qualidade, alguma sorte também. Tínhamos de nos aguentar no momento de maior pressão, alterámos depois para 4x3x3 e as coisas serenaram. É evidente que estou emocionado, é uma final. Mas mesmo que tivéssemos caído aqui já era um orgulho termos aqui chegado. Todos sabem a dificuldade que é chegar a este nível”, comentou Rui Jorge na flash interview da RTP3, recordando o trajeto que Portugal tem conseguido no regresso aos jogos sem sofrer golos por parte da Seleção.
???? TODAY'S RESULTS ????
Who did it best? ????#U21EURO finalists = ????????????????
— UEFA U21 EURO (@UEFAUnder21) June 3, 2021
Pela terceira vez na história Portugal chega ao jogo decisivo num Europeu Sub-21 e vai tentar conquistar o único título continental que lhe falta depois dos seis Europeus em Sub-17 (1989, 1995, 1996, 2000, 2003 e 2016), dos quatro Europeus em Sub-19 (1961, 1994, 1999 e 2018) e do Europeu de seleções principais (2016). Tão ou mais relevante, uma Seleção Nacional chega à décima final de uma grande competição esta década.
????????Portugal está na final do Campeonato da Europa Sub 21 pela 3.ª vez – procura o seu 1.º título na competição:
1994 ???? Itália
2015 ???? Suécia
2021 ???? Países Baixos/Alemanha pic.twitter.com/MfPVh86s5r— playmakerstats (@playmaker_PT) June 3, 2021
Contas feitas, e contando apenas com as provas disputadas de 2011 para cá, Portugal foi a uma final do Europeu A onde bateu a França após prolongamento (2016) e foi ainda à final da primeira edição da Liga das Nações, onde bateu a Holanda por 1-0 (2019). Nos Sub-21, atingiu o jogo decisivo do Europeu com a Suécia em 2015, onde perdeu nas grandes penalidades. Nos Sub-20, foi à final do Mundial de 2011 com o Brasil, saindo derrotado no prolongamento por 3-2. Nos Sub-19, ganhou em 2018 à Itália após prolongamento (4-3) mas perdeu em 2014 (Alemanha, 1-0), em 2017 (Inglaterra, 2-1) e em 2019 (Espanha, 2-0). Nos Sub-17, venceu a final de 2016 diante da Espanha nas grandes penalidades. Dez anos, décima final, quatro vitórias e cinco derrotas.
???????? chega à final do Campeonato da Europa Sub 21 com 12 vitórias consecutivas, juntando qualificação e fase final
⚠Em 15 jogos neste percurso do Campeonato da Europa (qualificação e fase final), ???????? soma 14 vitórias e uma derrota (4-2 frente aos Países Baixos) pic.twitter.com/1KzFjhqqfY
— playmakerstats (@playmaker_PT) June 3, 2021