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Fernando Santos recuperou a equipa e começou a preparação do jogo com a França com um único objetivo: ganhar. Ganhar para ficar no mínimo no segundo lugar (ou até primeiro, se a Alemanha não vencer a Hungria), ganhar para deixar outra imagem diferente da que ficou em Munique, ganhar para dar uma demonstração de força de uma equipa que é campeã europeia. No entanto, pode nem ser preciso. E esta noite mudou muito.
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Com a derrota da Ucrânia por 1-0 frente à Áustria e o desaire da Finlândia diante da Bélgica (2-0) conjugado com a goleada sofrida pela Rússia diante da Dinamarca (4-1), Portugal fica automaticamente apurado se empatar e pode até perder por dois golos frente aos gauleses porque, mesmo assim, fica sempre entre os quatro melhores terceiros classificados do Campeonato da Europa – podendo, isso sim, ter depois um adversário diferente.
Porquê? As contas neste particular são simples de fazer: Portugal tem nesta altura 5-4 em golos, ficando nesse hipotético cenário de uma derrota por dois golos com 5-6, 6-7, 7-8 etc.. Como a Ucrânia tem um saldo negativo de um golo (4-5) mas menos golos marcados, ficava atrás; como a Finlândia tem um saldo negativo de dois golos (1-3), ficava atrás; como passam sempre os quatro melhores terceiros, a Seleção estava garantida.
Em relação ao adversário nos oitavos em caso de passagem, aí, subsistem várias hipóteses em cima da mesa. Por exemplo, se a Croácia ganhar à Escócia (ou vice-versa) e o terceiro classificado do grupo E que tem Suécia, Eslováquia, Espanha e Polónia terminasse com um saldo de golos nulo, Portugal, passando em terceiro, defrontaria os Países Baixos; se Croácia e Escócia empatarem, aí já poderia ser a Bélgica.