Conor McGregor é um dos lutadores de MMA com mais notoriedade no Mundo. Nem de propósito, a sua alcunha é “Notorious”. Extravagante, polémico e sempre com coisas por dizer, nem que seja, e muitas vezes é, um constante trash talk para com os adversários, os árbitros e por vezes, parece, a vida em geral.

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Na madrugada deste domingo, no entanto, o combate frente a Dustin Poirier acabou da pior maneira para McGregor. Não só pela derrota, mas pela forma como ela aconteceu: partiu a tíbia junto ao tornozelo.

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Sentado e encostado à jaula, com a perna partida e uma derrota, não se calou na direção de Poirier e até da mulher deste, que não gostou muito da conversa, fazendo sinais grosseiros com as mãos na direção de McGregor. Lá está, muito raramente o irlandês se cala.

E se é “Notorious”, é também notória a falta de resultados que um dos lutadores mais importantes e conhecidos de sempre do UFC apresenta nos últimos anos. É que desde 2016, McGregor venceu apenas um em quatro combates, somando ainda duas derrotas com Poirier em menos de seis meses.

Aliás, e de acordo com algumas publicações internacionais, está a ser mesmo problemático para o irlandês recuperar a forma que apresentava há seis ou sete anos. Interrompeu inclusivamente a carreira em 2017 para um combate de boxe que perdeu frente ao mítico e também controverso Floyd Mayweather, mas que lhe valeu cerca de 71,5 milhões de euros.

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O que não tem sido problema é o dinheiro. Conor McGregor foi, segundo a Forbes, o atleta mais bem pago do Mundo do último ano. Sim, mais do que Messi, mais do que Cristiano Ronaldo.

“Já esperava isto há algum tempo e estava à espera do vosso telefonema, para ser honesto”, disse sem rodeios McGregor em declarações à Forbes. A revista recorda um famoso vídeo de 2016, que pode ver abaixo, em que o irlandês diz inclusivamente ao craque português que vai apanhá-lo na lista dos mais ricos. Não foi no “ano seguinte”, como prometeu o lutador, mas aconteceu meia década depois.

Segundo a revista especializada, McGregor conseguiu, entre maio de 2020 e maio de 2021,  que mais de 151 milhões de euros entrassem na sua conta bancária. Apenas para referência, Messi conseguiu aproximadamente 110 milhões e Cristiano Ronaldo sensivelmente 101 milhões de euros.

Curiosamente, mas também em consonância com o que têm sido os últimos anos de McGregor, a maior fatia dos seus ganho não veio do desporto em si mas de fora do octógono. E nem veio de patrocínios mas sim de bons negócios. É que o atleta vendeu a sua parte na empresa de uísque Proper No. Twelve, por cerca de 127 milhões de euros.

Sobre a sua entrada neste tipo de negócios, diz: “Podia ter ficado com dinheiro fácil [patrocínios]. Podia ter aceitado dinheiro rápido, mas tomei o risco. Fui de corpo e alma e compensou”.

Assumindo-se com “disruptivo”, por não ganhar a maioria do seu dinheiro no desporto que pratica e em patrocínios, diz ainda que é o “completo oposto” da maioria dos atletas na lista dos mais ricos.

Ao MMA vai demorar a voltar, se voltar, visto já se ter retirado do desporto algumas vezes. A recuperação afigura-se longa, quando era suposto acontecer mais um combate com Poirier. Veremos quais são as próximas ideias do imprevisível Conor McGregor.