O Governo vai criar 500 vagas no ensino superior e em cursos técnicos superiores profissionais, no ano letivo de 2022-23, destinados a alunos provenientes de zonas desfavorecidas, noticia esta quarta-feira o Público. A medida faz parte do Plano Nacional de Combate ao Racismo e à Discriminação 2021-2025 – Portugal contra o racismo (PNCRD 2021-2025).

O objetivo desta medida é que em 2022 entrem no ensino superior 500 alunos de escolas do programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), estando previsto que no ano seguinte, em 2023, deverão entrar o dobro dos alunos e que, em 2025, o número ascenda a dois mil.

Além da medida desta medida do PNCRD, que deverá ser publicado esta quarta-feira em Diário da República, o Governo pretende ainda criar um contingente especial adicional de 12 alunos das escolas TEIP nos cursos de especialização tecnológica do Turismo de Portugal em 2022, um número que deverá triplicar em 2025, e está prevista a criação de mecanismos de acompanhamento e apoio aos alunos do contingente TEIP.

Plano Nacional contra o Racismo. As propostas do Governo, de quotas nas universidades ao que pode mudar nas escolas e emprego

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O plano prevê também a criação de preferências na colocação dos alunos das TEIP em cursos técnicos superiores profissionais, existindo vagas para 150 alunos em 2023, 300 em 2024 e 500 em 2025.

Em declarações ao Público, a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, defendeu que o grande objetivo deste programa é dar um “passo decisivo” num país onde o racismo foi um “não dito nas nossas abordagens pessoais e institucionais durante demasiado tempo”.

Nesse sentido, em 2025, último ano do programa lançado pelo Governo para combater o racismo, Rosa Monteiro espera que “sejamos capazes de compreender o racismo e a forma como impacta todas as pessoas e não apenas as pessoas discriminadas” e que tenhamos “instituições capazes de uma intervenção que previna e combata este fenómeno”.