Quando Harry e Meghan anunciaram que iam deixar de ser membros seniores da família real britânica, também deixaram clara a intenção de dividir o seu tempo entre o Reino Unido e os Estados Unidos da América, onde atualmente vivem. A pandemia congelou os planos e Harry acabaria por voltar à terra natal em apenas duas ocasiões, sempre sem a companhia de Meghan: no funeral do avô, o duque de Edimburgo, em abril, e aquando da inauguração da estátua de Diana, a princesa de Gales, no dia em que esta faria 60 anos, no início de julho.

Agora há, contudo, mais um motivo para que Harry aterre em solo britânico com mais regularidade, uma vez que a empresa norte-americana para a qual trabalha vai abrir escritório em Londres. Mesmo com o teletrabalho ainda ao rubro, a hipótese paira no ar. Em causa está a BetterUp — em março foi anunciado que a startup norte-americana dedicada ao coaching na área da saúde mental tinha contratado o príncipe. Desde logo soube-se que Harry ocuparia o cargo de diretor de impacto, embora a empresa sediada em São Francisco e avaliada em 1,73 mil milhões de dólares não tenha relevado qual a retribuição do duque de Sussex.

Como um verdadeiro cidadão do mundo, ele dedicou o trabalho da sua vida a chamar a atenção para as diversas necessidades das pessoas em todos os lugares e a defender as iniciativas de saúde mental”, escreveu o CEO da BetterUp sobre o príncipe.

A vinda para Londres, onde a empresa pretende contratar 75 funcionários, está relacionada com o aumento de procura durante a pandemia, com o mundo a olhar de forma mais nítida para as questões da saúde mental. Os planos de expansão incluem ainda a abertura de um escritório em Munique, na Alemanha, e a contratação de outros 150 membros para a equipa nos próximos 12 meses, acrescenta o The Times. Alexi Robichaux, diretor executivo, comentou à publicação com Harry, que agora está a usufruir da licença de parentalidade, “forneceu alguns insights e dicas úteis” na expansão para Londres.

Foi também Robichaux quem garantiu à Reuters que o príncipe deixou de lado os títulos reais e que, em contexto de trabalho, prefere ser tratado pelo primeiro nome. “No local de trabalho, ele gosta de ser chamado de Harry. É um colega, um parceiro e, por isso, referimo-nos a ele como Harry”, disse Robichaux, garantindo que o neto da rainha Isabel II é “muito acessível” e “muito genuíno e humilde”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR