Desde o início do ano e até dia 5 de agosto foram detetados 316 ninhos de vespa asiática na região de Lisboa, 314 dos quais já foram eliminados, indicou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) ao Observador. Em apenas oito meses, o número de ninhos observados também já supera o do ano passado. 

Desde 2019 e até este ano, o INCF registou 649 ninhos observados e 584 ninhos destruídos. O número de ninhos cresceu exponencialmente nos últimos dois anos — passou de 19 observados em 2019 para 314 um ano depois e 316 em 2021. 

A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma ação destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública. Contudo, a INCF salientou ao Observador que “não é mais agressiva que a vespa europeia quando se encontra longe do ninho”.

No entanto, as vespas asiáticas são mais agressivas a defender o seu ninho e podem perseguir uma potencial “ameaça” por algumas centenas de metros. O inseto não irá, garante a INCF, “picar um humano a não ser que seja provocado”.

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Uma picada simples de vespa será apenas “apenas dolorosa”, podendo provocar um inchaço da zona atingida. Quando a picada é situada numa zona sensível, como o pescoço, a INCF recomenda a deslocação a um centro de saúde.

“O risco maior para a segurança e para saúde pública é a aproximação aos ninhos — não se deve nunca procurar destruir o ninho por meios próprios, deve guardar-se uma distância de segurança de 5 metros, devendo a sua localização ser posteriormente comunicada às autoridades”, recomenda ainda a INCF.

Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.