O incêndio no concelho de Castro Marim que se estendeu aos concelhos vizinhos de Tavira e Vila Real de Santo António foi declarado dominado na tarde de terça-feira, às 16h02, em fase de “vigilância ativa” segundo fonte da Proteção Civil.

De acordo com a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, o grupo de 57 operacionais e 21 veículos encontra-se no local em “vigilância ativa, embora não haja chama ativa”, mas está em alerta para “dar resposta a qualquer situação”.

No total, arderam cerca de 6.700 hectares, segundo os dados disponibilizados pelo programa Copernicus, referiu Richard Marques, comandante de operações, durante a conferência de imprensa às 19h00. A estimativa inicial, antes dos dados de satélite era de 9.000 hectares, mas, como reforçou o oficial da Proteção Civil, podiam ter ardido 20 mil hectares.

Os meios vão continuar no terreno durante a noite — pela 1h00 de dia 18h, estavam ainda mobilizados cerca de 500 operacionais para evitar reacendimentos enquanto decorrem os trabalhos de consolidação do incêndio.

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“Vamos avançar para um período que, para nós, é bastante importante, um período de consolidação, de rescaldo, e avançar gradualmente para um período de vigilância. O plano gradual de desmobilização vai acompanhar aquilo que é o risco, vamos manter capacidade instalada no terreno que permita fazer face a reativações que possam surgir, tal como apareceram hoje, para garantir que rapidamente se podem debelar caso elas surjam”, afirmou Richard Marques, comandante das operações de socorro.

Já esta segunda-feira, o incêndio tinha sido dado como dominado, mas houve uma reativação devido às condições meteorológicas adversas — temperaturas altas e ventos fortes. Esta terça-feira, as condições continuavam pouco favoráveis ao controlo do incêndio, com a agravante da previsão de rotação da direção do vento à hora de maior calor, ao início da tarde, como referiu o comandante de operações na conferência de imprensa desta manhã.

Incêndio consumiu, em média, 650 hectares por hora

O incêndio que “progrediu de forma fulminante” do concelho de Castro Marim para os concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, ao início da tarde de segunda-feira, ficou controlado “após uma noite de trabalho árduo”, referiu Richard Marques, na conferência de imprensa, durante a manhã, em Castro Marim.

O comandante das operações de socorro referiu que, apesar das difíceis condições meteorológicas, foi possível durante a noite “executar o plano estratégico de ação” e que, na manhã desta terça-feira, estava a ser consolidado o grande objetivo de “sustentar a capacidade de travar” a progressão das chamas.

Terça-feira, no entanto, continuava a ser um dia preocupante do ponto de vista meteorológico, afirmou Richard Marques. Previa-se que as temperaturas continuassem altas e o vento forte, mas com uma “variável nova”, disse o comandante das operações, a rotação na direção do vento que vai acontecer precisamente no período crítico do dia.

Vai-nos trazer maior preocupação naquilo que é a sustentação de todo este trabalho que foi desenvolvido durante a noite de hoje”, afirmou.

Richard Marques destacou que a taxa de expansão do incêndio foi de 650 hectares por hora. “Estamos a falar de um incêndio que lavrou com muita intensidade, atingindo um perímetro de 43 quilómetros, numa área afetada de cerca de nove mil hectares” [valor entretanto atualizado para 6.700 hectares], disse Richard Marques, lembrando que o incêndio pode chegar a uma área total de 20 mil hectares.

Durante a conferência de imprensa em Castro Marim, o oficial da GNR, Marco Ferreira, anunciou a reabertura da autoestrada A22 ao trânsito, por estarem reunidas as condições de segurança. A autoestrada tinha sido cortada em ambos os sentidos, entre Tavira e Monte Gordo, na segunda-feira.

Força Aérea dá apoio ao incêndio de Castro Marim

Nove aeronaves militares, dois destacamentos de engenharia e duas máquinas de rasto do Exército estão a dar apoio “no combate indireto ao incêndio, na proteção das populações e no rescaldo”, anunciou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA). Em comunicado, o EMGFA refere que se encontram “a operar, a partir da Base Aérea N.º 11 (BA11), da Força Aérea, em Beja”.

Destas aeronaves fazem parte dois ‘Fire Boss’ do Centro de Meios Aéreos (CMA) constituído na BA11, dois ‘Canadair’ do CMA de Castelo Branco e quatro ‘Fireboss’ dos CMA de Ponte de Sor e de Viseu, que foram movimentados para a base, assim como um helicóptero ‘Koala’ da Força Aérea, que efetua a coordenação dos meios”, elenca o EMGFA.

O EMGFA salienta ainda que “a Marinha, o Exército e a Força Aérea prosseguem o reforço ao dispositivo nacional de vigilância e deteção de incêndios rurais, em apoio à ANEPC, à Guarda Nacional Republicana e ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente, à data de hoje, com 38 equipas, num total de 76 militares, a efetuar patrulhas terrestres (10 equipas da Marinha e 28 equipas do Exército) em vários pontos de Portugal Continental”.

Neste âmbito, encontram-se também a operar “a partir da Lousã e Beja” dois veículos aéreos não tripulados da Força Aérea, e dois ‘drones’ do Exército em Portalegre, “no apoio das patrulhas terrestres”. “Em termos de aeronaves tripuladas, um P-3C encontra-se a fazer vigilância aérea entre Macedo de Cavaleiros e Beja, encontrando-se, igualmente, em prontidão, um helicóptero de asa rotativa, na Lousã”, acrescenta o EMGFA.

58 pessoas foram deslocadas durante a madrugada “por precaução”

Às 9h20 desta terça-feira, o incêndio mobilizava 626 operacionais, com o apoio de 209 veículos e 11 meios aéreos. Durante a noite, houve “613 mulheres e homens que efetivamente integraram um dispositivo que contou ainda com 205 veículos, oito meios aéreos e 10 máquinas de rasto”, disse o comandante de operações.

Foram deslocadas 58 pessoas, durante a madrugada, “por precaução”, disse à Lusa fonte da Proteção Civil. Além destas, “houve mais pessoas que se deslocaram pelos seus próprios meios para casa de familiares e amigos”, acrescentou a fonte do comando regional do Algarve. Foram criadas duas zonas de apoio à população, no Azinhal (Castro Marim) e em Tavira.

Cerca de 50 pessoas foram retiradas de suas casas, a maior parte voluntariamente, e neste momento, com as coisas a melhorar, já estão a regressar”, disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, pouco depois das 10h00.

Também no concelho vizinho de Tavira, a GNR teve de retirar 26 pessoas das suas casas. De acordo com a presidente da câmara, Ana Paula Martins, estas pessoas passaram a noite na zona de apoio à população, devido à proximidade do fogo das suas habitações, afirmou, pelas 10h30.

No total, desde o início do incêndio, foram evacuadas 12 localidades e retiradas 81 pessoas da sua casa, disse Marco Ferreira, tenente coronel da GNR, na conferência de imprensa da manhã de terça-feira.

Richard Marques destacou ainda que foram retirados 80 cães e 110 gatos do canil/gatil de Castro Marim e Vila Real de Santo António e que foram deslocados, com a ajuda de voluntários, para os canis de Tavira e de Loulé.

Por sua vez, o PAN denunciou morte de, pelo menos, 14 animais que se encontravam “num abrigo ilegal, no local de Santa Rita (concelho de Vila Real de Santo António), já sinalizado, desconhecendo-se para já as razões pelas quais não foram resgatados com vida” ou “que diligências foram ou não tomadas nomeadamente pela tutela, de modo a que fosse garantido que estes animais ficariam a salvo perante a ameaça deste incêndio”.

Incêndio de Castro Marim. Câmara diz que desconhecia abrigo onde morreram animais

O comandante Miguel Oliveira, oficial de operações do Comando Nacional de Emergência da Proteção Civil, revelou à rádio Observador as principais dificuldades sentidas durante a noite e esperadas para esta terça-feira: “O incêndio continua ativo e durante a noite foi feito um trabalho de consolidação dos planos e estratégias”.

“O perímetro de incêndio é bastante alargado, as condições de acesso ao local difíceis e o vento é muito forte, o que dificulta as operações. Para esta terça-feira espera-se o mesmo, mas esperamos que o trabalho dê os seus frutos”, acrescentou.

Satélite europeu do programa Copernicus vigia fogo no Algarve

Miguel Oliveira, oficial de operações do Comando Nacional de Emergência da Proteção Civil, disse também à rádio Observador que foi feito um pedido à União Europeia para ativação do programa de observação Copernicus.

“O Copérnico é um satélite que nos traz a vantagem de podermos verificar no terreno o perímetro do incêndio e a sua evolução. Os dados obtidos serão utilizados para validar os dados que já temos recolhidos e analisados pelo núcleo de análise dos incêndios do Comando Nacional ao longo destas últimas 24 horas”, disse o comandante.

Esta terça-feira, a Comissão Europeia confirmou a ativação do Programa de Observação da Terra da União Europeia (Copernicus) para monitorizar o incêndio de Castro Marim.

“Durante aquele que promete ser um verão recorde em termos de número de ativação da cartografia de emergência, fomos agora encarregados de monitorizar um incêndio no distrito de Faro, na região do Algarve”, anunciou o programa naquela plataforma.

O Copernicus, que tem sempre de ser ativado a pedido dos países da UE, faculta serviços de informação baseados na observação por satélite e de sistemas de medição terrestres, aéreos e marítimos destinados a ajudar os prestadores de serviços e autoridades públicas, neste caso, a Proteção Civil portuguesa.

A prioridade dos bombeiros era travar expansão do fogo de Castro Marim a sul

O incêndio, cujo alerta foi dado cerca das 1h00 de segunda-feira, progrediu com uma “rapidez fulminante”, de acordo com um balanço realizado antes da meia-noite de segunda-feira. Na altura, mantinha-se “ativo com intensidade”, estando o reforço de meios a ser concentrado “na frente sul e no flanco direito, na zona sudoeste”, precisou a mesma fonte.

O fogo já tinha entrado nos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, sendo a prioridade dos bombeiros travar a expansão a sul, onde existe mais população, disse, no último balanço, antes da meia-noite, o comandante das operações.

Um bombeiro ficou com queimaduras e foi transportado de helicóptero para o hospital, encontrando-se estável. Foi a única vítima deste incêndio até ao momento. Ao Observador, fonte oficial do comando distrital do Algarve adiantou havia bombeiros que tinha inalado fumos, mas não precisou o número.

A mesma fonte indicou que há registo de barracões e carros que arderam. A contabilização dos danos materiais ainda não foi feita, mas o tenente coronel da GNR, Marco Ferreira, disse na conferência de imprensa que, até ao momento, tinha conhecimento de uma oficina ardida, mas nenhuma habitação terá ardido em resultado do incêndio.

O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António afirmou que a área ardida tinha uma extensão “muito grande”, mas que em edificações os estragos não são muito relevantes. As declarações do autarca à Lusa foram feitas depois de uma ronda de helicóptero com os colegas de Tavira e Castro Marim e com a Proteção Civil, voando sobre a área ardida para terem uma “melhor noção dos estragos”.

O presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, disse, na conferência de imprensa terça-feira de manhã, que as populações mais atingidas pelo incêndio foram as de Cortelha, Pego dos Negros, Fontainhas e monte da Amendoeira. Entretanto, a situação é “mais controlada agora, estando o incêndio mais para o lado de Tavira atualmente”.

Vi famílias desesperadas que perderam todos os seus haveres, pessoas dedicadas à agricultura, com plantações de alfarrobeiras, amendoeiras, pinheiros, dedicadas à apicultura, e de um momento para outro viram reduzidos os rendimentos a zero. Arderam milhares de hectares, não fazemos ideia ainda da totalidade dos prejuízos”, salientou.

Segundo Francisco Amaral, a povoação de Pisa Barro, onde não conseguiram chegar os bombeiros, lutou “com garra enorme”, sendo os “heróis que combateram o fogo, defendendo as suas casas”, desde os mais novos aos mais velhos.

As autoridades previam, na segunda-feira, que a extensão máxima do incêndio até Vila Real de Santo António. Neste momento, a prioridade dos bombeiros é travar expansão do fogo de Castro Marim a sul.

Para termos ideia, estamos a falar de um incêndio que evolui dois quilómetros por hora, o que representa uma taxa de expansão média de 200 hectares por hora, sendo que nas últimas horas, nas horas subsequentes à reativação, este valor foi o dobro, portanto estamos a falar de um incêndio que evolui com rapidez fulminante”, disse o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.

GNR apelou a que se evitem deslocações entre Vila Real de Santo António e Tavira

À Rádio Observador, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro previu que a A22 iria continuar cortada nos dois sentidos entre Tavira e Monte Gordo, durante o dia de terça-feira, mas a restrição foi levantada logo na manhã de terça-feira.

Quanto à EN 125, que esteve encerrada segunda-feira e com trânsito condicionado esta terça-feira. A recomendação das autoridades para não a utilizar entre Vila Real de Santo António e Tavira pretendia prevenir que os automobilistas não fossem supreendidos pelo incêndio com uma via repleta de carros.

Várias estradas e caminhos secundários continuavam intransitáveis na zona da serra em direção a Tavira devido ao fogo, sendo que devem ser evitadas.

As principais estradas estiveram cortadas entre Tavira e Altura

Segundo a mesma entidade, há três zonas de Concentração e Apoio à População montadas pela Proteção Civil. No Lar de Altura estão “pelo menos quatro pessoas”, na Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal “estão pelo menos 15”. A Pousada da Juventude de Tavira ainda não recebeu ninguém mas está pronta para o caso de ser necessário.

O parque de campismo, situado na freguesia de Vila Nova de Cacela, é “um ponto sensível” e “oferece alguma preocupação”, mas “está salvaguardada a monitorização e capacidade de resposta para alguma situação que possa ocorrer”, garantiu.

Fogo atravessou campo de golfe e destruiu café do complexo

Um café de um complexo turístico em Vila Nova de Cacela foi destruído pelo fogo que deflagrou na segunda-feira em Castro Marim, no Algarve, disse hoje à Lusa o diretor-geral do Monte Rei & Country Club.

“Felizmente não afetou o aldeamento onde temos a nossa operação turística. Passou ao lado da ‘club house’, que está no centro da propriedade e, grosso modo, apesar do aparato, das chamas e do pequeno mato que queimou, foi um grande susto, mas em termos de danos tivemos apenas um edifício, o do café junto ao campo de práticas de golfe, que ardeu completamente”, disse Salvador Lucena.

O campo de golfe foi encerrado, mas o responsável disse que conta que esteja apto no fim de semana, acrescentando que restaurantes, a zona de lazer e o resort, bem como os serviços, estão a funcionar normalmente. “De resto, há algumas árvores mortas, que é sempre um aspeto triste”, sublinhou.

“Pensámos que o fogo estava a passar ao lado, mas houve uma frente que se desenvolveu na nossa direção ao final da tarde [de segunda-feira] e, com ventos fortes, rapidamente entrou pela propriedade, afetando algumas zonas do campo de golfe e continuando para sul. Basicamente, atravessou de norte a sul”, disse Salvador Lucena.

O diretor-geral do empreendimento situado no lugar do Pocinho, no concelho de Vila Real de Santo António, referiu que no momento em que o complexo foi atingido pelas chamas havia cerca de 70 hóspedes.

Um incêndio que “esteve dominado”, mas teve “uma reativação forte”

Este incêndio chegou a estar dominado, “mas houve uma reativação forte. As condições meteorológicas não são muito favoráveis, com muito calor e o vento a fazer algumas projeções”, afirmou à Lusa fonte do CDOS de Faro.

No Facebook, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil partilhou um mapa que mostra a extensão do incêndio na passada segunda-feira:

Posted by Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil on Monday, August 16, 2021

Segundo a mesma fonte, a temperatura, o vento e o tipo de combustível existente no local tornavam “expectável” uma “rápida propagação” das chamas.

A expectativa era que não fosse possível uma “recuperação noturna”, já que a humidade se manteve “muito baixa” e a temperatura “muito alta” durante a noite, não gerando a esperada ‘janela de oportunidade’ da madrugada, acrescentou a fonte.

O fumo do incêndio pôde ser visto a partir da praia da Manta Rota como relatou ao Observador João Santos, testemunha naquele local. “Esteve a cair cinza na praia durante a tarde toda”, disse.

“Há que defender as populações, isso é que é o mais importante de tudo”

“Há que defender as populações, isso é que é o mais importante de tudo”, salientou Francisco Amaral, presidente da Câmara da Castro Marim, segunda-feira, em declarações à Lusa.

Estão aqui no Azinhal, mas há prejuízos enormes, estamos a falar de centenas de hectares que arderam, alfarrobeiras, amendoeiras, pinheiros, pessoas que se dedicavam à apicultura, também, e que viram os seus bens desaparecer de um momento para outro”, lamentou.

O presidente da Câmara de Castro Marim precisou ainda que os principais afetados pelo fogo são famílias ou “casais jovens”, que “investiram as suas poupanças na agricultura e, de há uns anos a esta parte, estavam a criar os seus pomares”. “E, de um momento para o outro, viram o seu investimento reduzido a zero”, acrescentou Francisco Amaral, que falava junto ao posto de comando avançado da Proteção Civil, localizado na aldeia de Azinhal, no concelho de Castro Marim, distrito de Faro.

Questionado sobre quais as localidades mais afetadas, o autarca sinalizou a “Cortelha, onde inclusivamente já ardeu uma oficina e estão em perigo casas, mas também em Marroquil ou Amendoeira”.

“O vento está a mudar de direção frequentemente e não se sabe quais são as outras povoações que podem ser atingidas. Há que fazer opções e, neste momento, a preocupação dos bombeiros é exatamente as populações e também isto poder chegar ali à mata de Santa Rita, uma mata nacional, e essa é uma preocupação dos bombeiros”, reconheceu.

Por isso, acrescentou, “secundariza-se o incêndio, propriamente dito, e canaliza-se as atenções para a defesa das populações”. “É isso que está a ser feito”, salientou, criticando as políticas de ordenamento do território que “impedem a construção” na serra do nordeste algarvio, uma “das regiões mais deprimidas”.”As terras quando são cultivadas, o incêndio chega ali e para”, considerou.

O alerta para o incêndio, que deflagrou perto da localidade de Pernadeira, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, foi dado às 1h05 de dia 16. As causas ainda são desconhecidas, disse o oficial da GNR Marco Ferreira, em conferência de imprensa, adiantando que a Polícia Judiciária iria investigar a ocorrência.

(Notícia atualizada às 1h020 de dia 18 de Agosto.
Corrigido o nome do oficial da GNR que falou na conferência de imprensa de terça-feira de manhã)