Um homem de 47 anos negou esta terça-feira, no tribunal de Aveiro, ter ateado um incêndio florestal em Albergaria-a-Velha a 22 de agosto de 2023, que foi combatido por mais de 100 operacionais e vários meios aéreos.

O arguido, que trabalha como manobrador, começou esta manhã a ser julgado pela prática de um crime de incêndio florestal.

Perante o coletivo de juízes, o suspeito admitiu ter passado num caminho florestal situado perto da sua casa, onde deflagrou o incêndio, mas negou ter ateado o fogo e disse que não viu ninguém.

“Estou a ser acusado de uma coisa que não é verdade”, referiu o arguido, que disse já ter sido bombeiro voluntário.

O suspeito explicou ainda que usou aquele caminho para se dirigir a um café na Póvoa de Mouquim, contando que estava há mais de 15 minutos no estabelecimento quando chegou um homem a dizer que havia fumo para o lado de Mouquim, tendo depois começado a ouvir-se os bombeiros.

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Na mesma sessão, foi ainda ouvido um morador na zona que disse ter visto o arguido a entrar para um caminho florestal onde mais tarde deflagrou o incêndio.

“Vi-o a entrar para a mata onde iniciou o fogo. Não estou a incriminar ninguém”, declarou a testemunha.

A acusação refere que o arguido utilizou um isqueiro e através de chama direta ateou um fogo na mancha florestal povoada de eucaliptos.

Este incêndio, apesar ter sido rapidamente detetado e combatido, atingiu grandes proporções, colocando em perigo uma grande área florestal, obrigando à intervenção de robustos meios de combate, incluindo vários meios aéreos.

O fogo foi combatido por 136 bombeiros apoiados por 33 viaturas e nove meios aéreos.