O OnlyFans, uma popular plataforma online entre criadores de conteúdos para adultos, quer acabar com a pornografia na plataforma. Como avançaram vários órgãos de comunicação social, como o The New York Times, todas as partilhas sexualmente explícitas vão ser banidas a partir de outubro. A decisão foi tomada a pedido de “parceiros bancários” e outras empresas que processam os pagamentos do site, diz a plataforma. BBC afirma que a decisão esta relacionada com uma investigação que revelou na quinta-feira.

Num comunicado, o OnlyFans afirma que vai continuar a permitir aos que os seus utilizadores partilhem imagens de nudez desde que “cumpram com os termos e condições”. Atualmente, a plataforma já proíbe algum tipo de conteúdos explícitos agressão sexual ou bestialidade. Porém, como revelou BBC, o OnlyFans nem sempre aplicou estas medidas, tendo lucrado com a partilha de conteúdos de bestialidade, imagens de menores ou incesto.

Para garantir a sustentabilidade da plataforma a longo prazo, devemos evoluir os termos e condições”, defende o OnlyFans.

De acordo com o Axios, esta decisão estará também relacionada com a dificuldade que a empresa sediada no Reino Unido tem encontrado em conseguir investidores. Desde que a pandemia da Covid-19 e os sucessivos confinamentos a nível mundial começaram, a plataforma ganhou bastante sucesso, tendo-se tornado a principal fonte de rendimento para cerca de dois milhões de pessoas.

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Em quase cinco anos (a plataforma foi lançada em novembro de 2016), os criadores de conteúdos do OnlyFans ganharam mais de 4,5 mil milhões de dólares (cerca de 3,8 mil milhões de euros). Atualmente, o site tem mais e 130 milhões de utilizadores que pagam mensalmente aos criadores do OnlyFans para poderem ver imagens que noutros sites seriam proibidas, como no Instagram ou TikTok.

O OnlyFans tem já algumas celebridades com contas na plataforma, como Cardi B, Tyga, Chris Brown ou Bella Thorn. No futuro, a empresa quer que os criadores utilizem o site mais partilharem publicações que possam chegar a mais pessoas, e não só a adultos. Porém, devido a esta decisão, vários utilizadores estão a acusar a empresa de ter explorado trabalhadores sexuais para ganhar popularidade e dinheiro.

Esta não é a primeira vez que uma popular plataforma online bane conteúdos de caráter sexual para tentar legitimar-se. Em 2018, o Tumblr tomou uma decisão semelhante. Contudo, após a aplicação da medida, o site perdeu grande parte das visitas.