Ao mesmo tempo que anunciou de forma discreta aquela que poderá ser a última contratação deste mercado de verão, com o regresso do avançado Moise Kean por empréstimo do Everton, a Juventus confirmou esta terça-feira a venda de Cristiano Ronaldo ao Manchester United após três anos em Turim. Tudo de forma airosa, tudo passando por cima da mais do que evidente vontade de ambas as partes chegarem a este ponto, tudo de maneira clara e com os bianconeri a assumirem o impacto negativo da operação nas contas.

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“A Juventus anuncia que chegou a um acordo com o Manchester United para a venda definitiva dos direitos de registo do jogador Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro por uma verba de 15 milhões de euros, pagos em cinco exercícios, que poderão ser incrementados, durante a vigência do contrato de serviços desportivos do jogador, num montante não superior a 8 milhões de euros pela consecução de determinados objetivos desportivos. Esta operação gera um impacto económico negativo no exercício 2020/2021 de 14 milhões de euros, devido ao ajuste do valor líquido contabilizado dos direitos de registo do jogador”, anunciou a Vecchia Signora num comunicado oficial que foi emitido na manhã desta terça-feira.

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“A 10 de julho de 2018, dois ícones do futebol juntaram-se: Cristiano Ronaldo tornou-se jogador da Juventus. Nesta sexta-feira, depois de três anos juntos, 133 jogos, 101 golos marcados e cinco troféus conquistados, esse capítulo chegou ao fim…. CR7 e a Juventus seguiram caminhos separados. Naquele dia de julho, quando Cristiano chegou a Turim, a sensação eletrizante daqueles grandes dias fez-se sentir no ar. Os adeptos da Juventus receberam CR7 como um rei, ansiosos para vê-lo em campo e torcer com ele. Foi uma grande história”, começou depois por destacar o clube numa longa mensagem de despedida.

“Os seus primeiros momentos deixaram-nos impressionados: a primeira partida em Villar Perosa, onde a tradição e o desejo de escrever um futuro maravilhoso se juntaram, o primeiro jogo oficial em Verona contra o Chievo e, claro, o seu primeiro golo, o primeiro icónico Siiiii que ecoou pelo Allianz Stadium contra o Sassuolo. Depois, vieram os primeiros troféus conquistados juntos: a primeira Supertaça, obviamente decidida por ele, o primeiro título do Scudetto, e este ano, a primeira Copa da Itália. Mas não foi só, ele também terminou pela primeira vez como melhor marcador do campeonato da Itália, depois vieram os recordes quebrados – muitos deles”, prossegue o texto dos bianconeri.

“Foi o primeiro jogador na história da Juventus a marcar pelo menos 100 golos em todas as competições nas suas três primeiras temporadas com a Juventus. E desde a sua chegada à Série A, ele marcou mais golos do que qualquer outro jogador: 81, pelo menos 10 a mais que os restantes. Além disso, também se tornou o primeiro a ser melhor marcador da Série A, La Liga e da Premier League. Os momentos inesquecíveis vividos juntos foram muitos. Poderíamos recitá-los e revivê-los, mas não adianta, porque cada um tem sua memória especial ligada a CR7. Todos compartilham uma emoção que não precisa de ser mencionada, porque todos se vão lembrar do que sentiram ao caminhar juntos neste pedaço da estrada. Aquele vínculo nascido a 10 de julho, há três anos, foi dissolvido, mas o que foi escrito permanecerá para sempre. Foi uma jornada incrível”, concluiu a missiva de despedida do português.