O C-Elysée sempre foi olhado como um Citroën “baratinho”, condição que tanto atraiu como repeliu. O histórico do três volumes francês, lançado em 2012, divide-se entre uma elevada procura nuns mercados, enquanto noutros os potenciais clientes se mantiveram arredados, eventualmente por não quererem ficar colados à imagem low-cost do produto. Contudo, continuam a existir muitos países onde as berlinas desta bitola, para mais acessíveis, continuam a representar uma interessante fatia das vendas. E será esse o motivo que vai levar o C-Elysée a desaparecer – até o nome ficará no passado. Mas, segundo a imprensa espanhola, no seu lugar irá surgir o C4 L.

O projecto estará em desenvolvimento e vai procurar capitalizar a boa aceitação que o novo C4 e a respectiva declinação a bateria, o ë-C4, têm tido desde o seu lançamento. Isto porque os números de vendas têm excedido as expectativas, a ponto de a marca sentir necessidade de incrementar a produção, que é feita na fábrica da Stellantis em Madrid.

Ora, o C-Elysée que vai sair de cena para dar palco ao novo C4 L, conforme a citada fonte, é também produzido em Espanha, mas em Vigo. Como o seu alegado substituto também vai ter como base a CMP (Common Modular Platform), a produção continuará a ter o selo “made in Spain”, mas vinda de Madrid. E isto já em 2022, pois o projecto que tem o nome de código interno C43, ao que tudo indica, está previsto entrar em produção no último trimestre do próximo ano. Mais concretamente, em Outubro, afiançam os espanhóis.

Por cá, o C-Elysée é proposto por valores a partir de 19.648€. Um preço que acaba por não estar assim muito distante dos 21.107€ pedidos pelo C4 para “início de conversa”. E tal como este deu origem a uma variante exclusivamente a bateria, a hipótese de conceber um C4 L 100% eléctrico também não estará fora de questão, até porque isso permitiria ao construtor francês ter mais uma carta na manga para jogar como trunfo no mercado chinês.

A confirmar-se esta adição à gama C4, o novo membro da família visará atacar sobretudo os mercados do sul da Europa, os países do noroeste da África (Magrebe), bem como a Turquia, sendo um rival natural de modelos como o Fiat Tipo (4 portas), o Dacia Logan ou o Skoda Rapid.

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