O Conselho de Estado será ouvido na quarta-feira “só sobre a dissolução”, garantiu Marcelo Rebelo de Sousa, não antecipando, para já, a sua decisão uma vez que ouvirá este órgão consultivo.

Só depois de definida a posição da dissolução é que se procederá à definição da data “entre quarta e quinta-feira da semana que vem”.

Mas aponta mais para quinta. É que Marcelo Rebelo de Sousa admite que o Conselho de Estado decorrerá até à noite de quarta, por isso “falarei no dia seguinte certamente, na quinta-feira”.

Marcelo Rebelo de Sousa ouviu os partidos no sábado, depois de na sexta-feira ter recebido os parceiros sociais. E explicou que uma parte dos partidos era favorável à dissolução, outra parte preferia outras soluções “mas aceitava [a dissolução] com diferentes graus de aceitação e de reserva”, comentou o Presidente, em Viseu, onde participou na entrega dos Prémios D. Diniz em Vila Real.

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A totalidade dos partidos revelou ao Presidente preferir eleições em janeiro, sendo 16 de janeiro a data dominante.

Mas Marcelo Rebelo de Sousa não se compromete já com datas, porque vai ouvir o Conselho de Estado sobre a dissolução. E só depois de decidida a dissolução é que se passa à definição da data.

“Aqui há uma preocupação de ser muito rápido”, a própria Assembleia da República “pretende isso”, porque quer agendar a votação de uma série de leis.

“Se for caso disso anunciarei a dissolução”, mas com a preocupação de “dar algum tempo para permitir à Assembleia da República para que certas normas internacionais e diretivas sejam aprovadas, e outras que o Governo considera fundamentais serem aprovadas”.