O índice de volume de negócios na indústria registou um aumento nominal de 18,8%, em janeiro, face ao mesmo mês de 2021, mais 9,5 pontos percentuais face a dezembro, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados recolhidos, o índice de vendas para o mercado nacional cresceu 12,5% em janeiro (11,3% no mês anterior) e contribuiu com 7,4 pontos percentuais (7,1 em dezembro) para a variação do índice total.

Já as vendas para o mercado externo baixaram 2,3 pontos percentuais, para 27,9% em janeiro, dando um contributo de 11,4 pontos percentuais para o índice (11,2 no mês anterior).

Numa análise por agrupamentos industriais, os bens intermédios deram o contributo mais expressivo (8,3 pontos percentuais), resultante de uma variação de 24,2% (28,6% no mês anterior).

Por sua vez, o agrupamento da energia acelerou 12,5 pontos percentuais para 25,2%, enquanto os bens de consumo cresceram 7,1 pontos percentuais para 18,1%, com uma contribuição de 4,8 pontos percentuais para o índice total.

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Por fim, o agrupamento dos bens de investimento desacelerou de 19,5% em dezembro para uma redução de 0,6% em janeiro.

Em janeiro de 2022, a variação mensal do índice do volume de negócios na indústria foi de 1,5%, face a 1,1% registado no mesmo mês do ano anterior.

No mês em análise, as vendas na indústria com destino ao mercado nacional registaram um aumento de 12,5%, mais do que os 11,3% observados no mês anterior, com os agrupamentos de bens intermédios e de bens de consumo a apresentarem os contributos positivos mais relevantes (5,9 e 4,7 pontos percentuais, respetivamente).

Já a energia passou de uma diminuição de 1,2% em dezembro para um crescimento de 4,5% em janeiro, contribuindo com 1,5 pontos percentuais, enquanto os bens de investimento desaceleraram 8,8 pontos percentuais para uma variação homóloga de 4,2% no mês em análise, com o INE a atribuir esta redução “à forte retração da indústria automóvel”.

Em janeiro, o índice de vendas na indústria para o mercado nacional apresentou uma diminuição mensal de 4,1%, menos intensa em 1,0 pontos percentuais do que a observada em janeiro de 2021.

Já para o mercado externo, o índice de vendas na indústria desacelerou 2,3 pontos percentuais face a dezembro, para uma taxa de variação homóloga de 27,9%, com os agrupamentos de energia e bens intermédios a darem os contributos mais expressivos (12,1 e 11,7 pontos percentuais, respetivamente).

Por sua vez, os bens de consumo aceleraram 8,3 pontos percentuais para uma taxa de variação de 17,3%, do qual resultou um contributo de 4,9 pontos percentuais, enquanto os bens de investimento passaram de um crescimento de 23,9% em dezembro para uma contração de 2,9% no mês em análise, destacando-se o segmento de fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis, com uma redução de 13,2%, após o crescimento de 22,0% em dezembro.

No primeiro mês deste ano, a variação mensal das vendas para o mercado externo fixou-se em 9,5%, contra os 11,5% em janeiro de 2021.

Por fim, em janeiro, as variações homólogas dos índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas situaram-se em 2,6%, 3,9% e 2,1% (2,2%, 6,8% e 2,2% em dezembro), respetivamente.

Os índices de emprego e as remunerações apresentaram “diminuições mensais de 0,5% e 28,1%” em janeiro (face a -0,8% e 28,1% em janeiro de 2021, respetivamente), enquanto o índice de horas trabalhadas registou um aumento mensal de 9,5% nesse mês, contra 9,6% em termos homólogos.