A 5.ª edição dos Prémios Auto culminou com a entrega de três galardões a personalidades que o Observador entendeu destacar pelo seu contributo, nas respectivas áreas de actuação, para soluções de mobilidade mais sustentável. O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, recebeu o prémio Inovação; o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, foi agraciado com o troféu Liderança, e o presidente & CEO na Toyota Caetano Portugal, José Ramos, foi distinguido com o prémio Reconhecimento.

Esta foi a primeira vez que os Prémios Auto Observador se alargaram à distinção de personalidades, para lá dos modelos eleitos pelo público nas oito categorias a concurso, tendo o jornal considerado que o desafiante momento que a indústria automóvel atravessa justifica que se premeie o mérito de quem ousa arriscar. Por isso, na cerimónia de entrega dos galardões, que pode rever aqui, falou-se do difícil contexto que o sector automóvel atravessa, pós-pandemia e a braços com a falta de semicondutores e com as falhas na cadeia de fornecimento decorrentes da invasão russa na Ucrânia. Mas falou-se também dos que encaram estas dificuldades e, sobretudo, os desafios do futuro da mobilidade com determinação e com uma forma de fazer diferente. Para melhor.

Carlos Carreiras desbravou o caminho dos autocarros alimentados com a electricidade gerada a bordo através de uma célula de combustível a hidrogénio. O município que lidera, o 5.º maior do país em número de habitantes, destaca-se ainda por ter lançado um projecto-piloto para a produção de hidrogénio a partir de resíduos urbanos. “Cascais tem vindo fazer apostas ganhadoras e esta (a do hidrogénio enquanto combustível) é, claramente, uma delas. Já temos dois autocarros e temos encomendados mais oito. O hidrogénio é muito rentável, porque aquilo que nós poupamos nos combustíveis fósseis dá para comprar mais um autocarro”, destacou o autarca, que recebeu o prémio das mãos de António Carrapatoso, um dos fundadores do Observador e presidente do conselho de administração.

Por seu turno, coube ao director-geral do Observador, Rudolf Gruner, entregar o troféu Reconhecimento. Quis um imprevisto de última hora que a deslocação de José Ramos não fosse possível, pelo que este engenheiro de 75 anos se fez representar por Artur Passos, adjunto da administração da Toyota Caetano Portugal. José Ramos entrou para a Salvador Caetano com 22 anos, em 1968, precisamente o ano da chegada a Portugal da Toyota. “Herdou” o negócio do sogro e fê-lo crescer, a partir do Norte para o mundo. De destacar que foi dele a ideia de ir ao Japão propor à Toyota fazer cá, em Vila Nova de Gaia, os autocarros a hidrogénio, para convertê-los numa das âncoras de crescimento do grupo, cujo negócio mais recente ganhou “asas”, fornecendo a Airbus.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

José Manuel Fernandes, publisher do Observador, entregou ao director de Operações da Stellantis Portugal, Pablo Puey, o prémio Liderança para Carlos Tavares. O gestor que lidera o 4.º maior grupo automóvel a nível mundial, em volume de produção, no primeiro ano da Stellantis conduziu o consórcio franco-italo-americano a resultados recorde, que se reflectiram na distribuição de 1900 milhões de euros pelos empregados em 2022.