A Madeira já investiu cerca de oito milhões de euros na introdução de manuais digitais nas escolas e prevê canalizar mais 21 milhões do Plano de Recuperação e Resiliência, generalizando a sua utilização até 2026, indicou sexta-feira o executivo.

O plano que está traçado indica que no ano letivo 2025/2026 todos os alunos do 5.º ao 12.º ano poderão usufruir dos manuais digitais e do respetivo equipamento de suporte”, disse o secretário regional da Educação, Ciência e Tecnologia.

Jorge Carvalho falava no âmbito da abertura da conferência “Transição Digital nos Ensinos Básico e Secundário — estratégias e práticas”, que decorre até sábado no Funchal.

A Região Autónoma da Madeira introduziu os manuais digitais pela primeira vez no ano letivo 2018/2019 e, de acordo com o governante, o processo está agora “suficientemente consolidado” ao nível do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico.

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“Relativamente ao ensino secundário, está a decorrer uma experiência piloto com uma turma da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, essa experiência será alargada no próximo ano letivo a mais quatro escolas e 11 turmas”, disse.

Jorge Carvalho adiantou que a partir do próximo ano letivo todas as escolas básicas e secundárias do arquipélago terão uma sala de ambientes inovadores de aprendizagem, também designada por “sala do futuro”.

Sobre o uso dos manuais digitais, o governante referiu que em algumas disciplinas se verifica um “aproveitamento muito mais significativo” e, por outro lado, a indisciplina na sala de aula diminuiu mais de 30%.

Jorge Carvalho sublinhou que a aposta do Governo Regional na transição digital nas escolas se norteia também por questões de saúde e ambientais, contribuindo para a redução do peso das mochilas dos alunos e para a preservação das florestas.

“Cerca de 2.000 alunos ingressam por ano no 5.º ano de escolaridade e com os manuais digitais estamos a poupar o equivalente a 280 árvores [que seriam utilizadas para fabricar manuais em papel]”, explicou.