Mulher de um Espião

Kiyoshi Kurosawa assina esta fita passada em Kobe, no Japão, no início da II Guerra Mundial, em que um comerciante de tecidos e a sua mulher decidem opor-se ao nacionalismo e militarismo do regime, mesmo contra os conselhos do seu melhor amigo, um oficial do Exército, que os conhece desde a infância. Kurosawa é um cineasta que circula com à-vontade e destreza entre filmes de género, em especial policiais e de terror (“Cure”, “Pulse”, “Castigo”) e com temas mais “mainstream” (“Serenata de Tóquio”), mas “Mulher de um Espião”, que se quer um “thriller” de época com sotaque hitchcockiano, é escassamente emocionante, sem nervo narrativo nem chama de “suspense”, e completamente previsível. Nem a impecável recriação do Japão dos anos 40, a presença da delicada e lindíssima Yû Aoi na figura da mulher do comerciante, ou o papel que o cinema amador desempenha no enredo, atenuam esta decepção.

Bullet Train: Comboio Bala

Brad Pitt, Sandra Bullock, Michael Shannon e Aaron Taylor-Johnson surgem à frente do elenco desta adaptação do livro policial do escritor japonês Kôtarô Isaka, realizada por David Leitch (“Deadpool 2”, “Velocidade Furiosa: Hobbs & Shaw”).  Pitt interpreta Ladybug, um assassino profissional com pouca sorte, que está determinado a levar até ao fim sem problemas a sua nova missão. A bordo de um comboio-bala japonês, Ladybug descobre que está na companhia de mais quatro assassinos profissionais como ele, vindos de vários pontos do mundo. Todos eles têm objectivos relacionados, embora colidam uns com os outros. “Bullet Train: Comboio Bala” foi escolhido como filme da semana pelo Observador.

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