Pela primeira vez desde 2015, as contas do Fundo de Resolução melhoraram face ao ano anterior. O relatório e contas de 2021 do fundo liderado por Máximo dos Santos, publicado esta segunda-feira, revela que “no ano de 2021 registou-se um aumento dos recursos próprios em 107,2 milhões de euros”.

Desta forma, o ano passado foi o primeiro “em que se observa uma melhoria na situação líquida do Fundo de Resolução desde 2015, o ano que marca o início do período em que a situação patrimonial do Fundo de Resolução foi penalizada pelo reconhecimento dos efeitos financeiros decorrentes da aplicação de medidas de resolução ao Banco Espírito Santo, S. A. (“BES”) e ao BANIF”.

O fundo explica a redução do buraco nas contas com o aumento das contribuições recebidas do setor bancário, “cujo valor global ascendeu a 264,9 milhões de euros (aumento de 14,9 milhões de euros face a 2020)”. Contribuiu ainda a redução das perdas líquidas “ainda decorrentes da aplicação de medidas de resolução, cujo valor global ascendeu a 20,7 milhões de euros”, naquela que foi uma redução de 388,1 milhões de euros face a 2020.

O fundo refere ainda “os encargos com juros e comissões, cujo valor global ascendeu a 136,7 milhões de euros (aumento de 1,4 milhões de euros face ao custo registado em 2020)”.

No final de 2021, o Fundo contava com recursos próprios de 7207,6 milhões de euros negativos, um valor que compara com o saldo negativo de 7314,7 milhões de euros de recursos próprios registado no final de 2020.

No final do ano passado, o ativo do Fundo de Resolução registou um aumento para 408,7 milhões de euros, “que engloba 96,1 milhões de euros de liquidez e 312,6 milhões de euros correspondentes à detenção de uma participação de 23,44% no Novo Banco e de uma participação de 100% na Oitante (esta última ainda valorizada, em balanço, a 50 mil euros)”.

A dívida do Fundo de Resolução era de 7511,9 milhões de euros na mesma data, “dos quais 6382,9 milhões de euros (85%) constitui dívida ao Estado e 1129,0 milhões de euros (15%) constitui dívida obtida junto de um conjunto de sete instituições de crédito nacionais”.

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