Há muitos produtos no mercado, muitos deles similares, sem características diferenciadoras, pelo que a guerra para aliciar o cliente fica sobretudo a cargo do preço mais baixo ou de condições mais vantajosas. A excepção é a tradicionalmente cómoda posição dos fabricantes de artigos de luxo ou com melhor reputação, o que lhes permite praticar preços superiores e ter lucros mais interessantes. Isto é igualmente válido para os automóveis, mas um estudo afirma que a perspectiva do potencial cliente parece estar a mudar, uma vez que o interesse pelas tradicionais marcas de luxo está a esmorecer.

Este pode não ser o primeiro estudo do género a apontar esta tendência, mas o trabalho em causa reforça a ideia de que os construtores automóveis de luxo, ou alegadamente mais reputados, estão com dificuldades em manter clientes. A análise foi realizada pela Visual Capitalist, que tradicionalmente elabora comparações de todos os tipos, com este último a versar sobre a quebra de lealdade à marca.

Para determinar a percentagem de clientes que se mantêm na mesma marca quando adquirem um novo veículo nos EUA, foram comparados dois períodos, designadamente entre Janeiro de 2020 e Fevereiro de 2021, por oposição às vendas ocorridas entre Março de 2021 e Abril de 2022.

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A subir, ou seja, a ter mais clientes a manter-se na marca de Março de 2021 a Abril de 2022, face ao período anterior, o destaque vai para a Genesis. A marca de luxo da Hyundai no mercado norte-americano subiu 8,5%, mais do que a Maserati (4,3%) e a Tesla (4%), sendo que todos os restantes construtores descem.

A BMW cai apenas -2,3%, melhor do que a Lexus (-4,8%), Jaguar (-5,1%), Volvo (-5,3%), Alfa Romeo (-6,6%), Mercedes (-7%) e Audi (-7,3%), para mencionar apenas as que comercializam veículos no mercado europeu. Nas duas últimas posições classificaram-se a Porsche (-8,5%) e a Land Rover (-9,2%), as duas com maiores dificuldades em manter os clientes fiéis às respectivas marcas.