O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou esta terça-feira a Estratégia de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo 2023-2024 visando a eficácia na prevenção e repressão deste tipo de delitos.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, disse, em conferência de imprensa, que o instrumento adotado pelo executivo destina-se a promover um ambiente saudável nas operações dos sistemas financeiros e bancários nacionais e internacionais, através de mecanismos que impeçam o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

Com a estratégia aprovada, o Governo coloca Moçambique “em conformidade com os padrões seguidos na região e no mundo na luta contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”, acrescentou o porta-voz.

Na semana passada, o Conselho de Ministros anunciou que o Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM) recebeu em 2021 comunicações de mais de 2.300 operações suspeitas de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, menos 34% do que em 2020.

Filimão Suaze disse que as operações suspeitas detetadas pelas instituições financeiras moçambicanas em 2021 envolveram valores superiores a 35 mil milhões de meticais (538 milhões de euros) contra 42 mil milhões de meticais (646,7 milhões de euros) em 2020.

O tema do financiamento ao terrorismo ganhou relevo em Moçambique, com a atividade de grupos armados que têm sido conotados com o extremismo violento na província de Cabo Delgado, norte do país, levando a uma vigilância cada vez mais apertada a setores económicos considerados vulneráveis ao aproveitamento por grupos radicais.

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