A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) manifestou esta sexta-feira preocupação por ter sido aberto concurso para diretor do Museu de Aveiro sem exigir habilitação específica.

“Em referência à publicitação, pela Câmara Municipal de Aveiro, no passado dia 30 de agosto, de um procedimento concursal para provimento do cargo de diretor do Museu de Aveiro, em que consta como única habilitação literária a detenção de ‘licenciatura adequada’, a APOM manifesta publicamente a sua indignação perante o desrespeito pela Lei-quadro dos Museus Portugueses que aquele edital representa”, pode ler-se num texto divulgado pela associação.

Em causa está, segundo aquela associação, a “inexistência de qualquer referência a uma formação específica na área da Museologia e aos princípios científicos adotados nos concursos internacionais para a direção dos Museus, Palácios, Monumentos e Sítios Arqueológicos promovidos pelo Ministério da Cultura”.

Contactada pela Lusa, a Câmara de Aveiro não quis produzir quaisquer “declarações públicas durante o processo do concurso”, anotando que a autarquia está a agir “no cumprimento da Lei”.

No dia 01 de agosto, foi assinado, na presença do ministro da Cultura e da ministra da Coesão Territorial, o auto de efetivação da transferência de competência do Museu de Aveiro/Santa Joana para a Câmara de Aveiro, formalizando a gestão municipal que vinha sendo exercida desde há sete anos.

A APOM salientou ainda que cabe na sua missão “a qualificação e valorização dos Museus Portugueses e dos seus profissionais, pugnando pela adequada formação académica, científica e profissional dos detentores de cargos de direção e dos demais quadros técnicos das organizações museológicas do país, enquanto garantia de cumprimento das suas competências e atribuições”.

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