À quarta era de vez. Jürgen Klopp não tinha propriamente as melhores recordações de Nápoles, onde tinha perdido em 2013 com o B. Dortmund (2-1) e também em 2018 (1-0) e 2019 (2-0) com o Liverpool. “Sim, é verdade, nunca ganhei aqui. Não ganhei nem com uma nem com outra equipa. Mas também é verdade que conseguimos depois a qualificação para a final, não sei se em todas as ocasiões… Bem, não importa isso agora. Como se diz na Alemanha, sou de crescimento tardio, preciso de um pouco mais de tempo para ir alcançar as minhas coisas. Ou seja, às vezes tenho de tentar duas, três, quatro vezes”,  comentara. Nem assim. E a quarta derrota teve ainda um outro dado mais negativo – chegou com… quatro golos.

Todos sabiam que o Liverpool não chegava propriamente no melhor momento a Itália perante a série de resultados menos conseguidos neste arranque de temporada. Ganhou a Supertaça ao Manchester City, conseguiu depois apenas dois pontos nos três primeiros jogos da Premier League incluindo uma derrota em Old Trafford, goleou o Bournemouth por 9-0 mas não foi além de um nulo no dérbi com o Everton. Ainda assim, ninguém poderia imaginar tamanha derrocada. Aliás, bastou olhar para a cara de surpresa de Giovanni Simeone (filho do treinador do Diego Simeone) no terceiro golo para se perceber isso.

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Zielinski inaugurou o marcador de grande penalidade logo aos cinco minutos, sendo que pouco depois o Nápoles falhou mesmo outro penálti por Osimhen com defesa de Alisson (18′). Não entrou aí, entrou a seguir perante um autêntico descalabro defensivo do vice-campeão europeu e inglês, bem patente nos lances que valeram a Anguissa o 2-0 (31′) e Simeone o 3-0 (44′), pouco depois de entrar para o lugar do lesionado Osimhen. E a conta só ficou por aí porque Kvaratskhelia viu uma bola salva a caminho da baliza. No segundo tempo, Zielinski bisou logo a abrir (47′) e o máximo que o Liverpool conseguiu num grupo em que o Ajax já tinha goleado o Rangers foi mesmo reduzir dois minutos depois por Luis Díaz.

“Estávamos a milhas uns dos outros, não podemos vir a um sítio destes sem ser uma equipa compacta. Foram de longe melhor equipa, tiveram muitas vezes espaço para as transições que nos causaram muitos problemas. Merecemos este resultado, foi como se eles tivessem mais um jogador. Temos de acordar e de forma rápida, não podemos ter exibições destas”, resumiu Andy Robertson. “É um resultado muito duro de aceitar mas não é nada difícil de explicar para quem tenha visto o jogo. Foi tudo muito óbvio, só não consigo explicar o porquê de ter acontecido. Quando temos um guarda-redes como o Alisson na baliza, não podemos sofrer três golos numa parte. Parece que temos mesmo de nos reinventar. Se o Wolverhampton esteve a ver este jogo antes de jogarem connosco não devem conseguir parar de rir”, acrescentou Jürgen Klopp, entre várias críticas à equipa sem uma justificação para o descalabro.