Novak Djokovic, que este domingo perdeu na final do Masters 1000 de Paris, está no centro de uma polémica que tem dado que falar. Tudo por causa de uma misteriosa bebida entregue ao tenista sérvio por um treinador desde as bancadas, durante o encontro das meias-finais entre Djokovic e o grego Stefanos Tsitsipas.

No vídeo que circula nas redes sociais, e que foi difundido por meios de comunicação como o jornal desportivo espanhol Marca, é possível ver-se o fisioterapeuta de Djokovic, o argentino Ulises Badio, a preparar discretamente um líquido, protegendo-se do olhar das câmaras quando se apercebe que está a ser filmado. A garrafa é depois entregue a uma apanha bolas que a passa apressadamente ao tenista sérvio.

A situação levantou várias questões, até porque não é caso único. Já este ano, em Wimbledon, algo semelhante ocorreu: numa partida dos oitavos de final, Djokovic pareceu “inalar” qualquer coisa da sua garrafa, enquanto gesticulava para a sua box.

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Na altura, o All England Club, onde se realiza o torneio britânico do Grand Slam, afirmou que não haviam quaisquer indícios de que o conteúdo da garrafa continha substâncias ilícitas, explicando que muito provavelmente se tratava de um tipo de bebida energética em estado de pó.

Não há grandes benefícios em ingerir este tipo de coisa a meio de um jogo, mas tenho a certeza que é um isotónico (tipo de composto de uma bebida energética). Muitos jogadores começaram a comer pó, mesmo antes de treinos. Começaram a ingerir estas coisas sem água. No geral são coisas para consumir antes de um treino porque lhe dá um extra de energia” disse na altura uma fonte do All England Club ao The Telegraph.

Já em 2020, por ocasião do Open da Austrália, quando questionado sobre os conteúdos das garrafas fornecidas pela equipa de fisioterapia, Djokovic brincou com a situação, dizendo que se tratavam de “poções mágicas”.

A explicação real deverá ser menos fantástica, mas o que é certo é que tem suscitado curiosidade, e alguma discussão. Jon Wertheim, jornalista da Sports Illustrated, referiu que, apesar de não ser ilegal que jogadores recebam bebidas das equipas nas bancadas, o nível de secretismo envolvido é “pouco usual”, e levanta “questões legítimas” quanto ao que é que terá sido exatamente misturado na bebida do tenista, atual n.º 8 do ranking mundial.