A presidente do BCE diz que o ano de 2023 “não será brilhante” mas será melhor que aquilo que se receava – os dados económicos têm sido mais “muito mais positivos” e, se houver contração económica, será “moderada”. Porém, porque a inflação continua “demasiado elevada”, o BCE “vai manter o rumo de subida dos juros“, garante Christine Lagarde.

As declarações da presidente do BCE foram feitas em Davos, Suíça, num painel do Fórum Económico Mundial. “A inflação, vista por todos os prismas, continua demasiado elevada”, afirmou a responsável, garantindo que “vamos manter o rumo até chegarmos a uma situação em que teremos as taxas de juro em território ‘restritivo’ por tempo suficiente, de modo a fazer regressar a inflação a 2%”.

O BCE tem indicado que, depois da política monetária expansionista dos últimos anos, será necessário colocar as taxas de juro em território restritivo, o que significa que os juros irão para um nível que não só não estimula a atividade económica como a restringe (por tornar mais caro o crédito). Não é exatamente claro onde está esse nível, mas com as taxas de juro já em 2% (nos depósitos) e 2,5% (na taxa de refinanciamentos), o BCE tem indicado que vai continuar a apertar a política monetária nos próximos meses, o que levará os juros para um território claramente restritivo.

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