A Caixa Geral de Depósitos voltou a não conseguir vender a unidade brasileira – a Caixa Brasil –, confirmou esta quinta-feira o conselho de ministros em comunicado. O banco público tinha lançado em meados de 2021 este novo processo de venda, depois de ter fracassado a tentativa que tinha começado em 2017 no âmbito do processo de recapitalização.

“Foi aprovada a resolução que determina a anulação do processo de alienação das ações representativas do capital social do Banco Caixa Geral – Brasil, S.A. (BCG-Brasil) detidas, direta e indiretamente, pela Caixa Geral de Depósitos, S.A., e de alienação da totalidade ou parte do capital social das sociedades detidas, direta ou indiretamente, pela Sociedade, incluindo a totalidade ou parte dos respetivos ativos”, pode ler-se em comunicado divulgado esta quinta-feira.

Contactada pelo Observador, fonte oficial do banco público diz que “as propostas recebidas no âmbito do processo de venda não foram consideradas aceitáveis por parte da CGD, pelo que foi recomendado ao acionista o cancelamento desse processo, que agora se materializou”.

A Caixa continuará a avaliar os potenciais cenários estratégicos relativamente a esta filial, incluindo uma futura alienação”, diz fonte oficial da Caixa.

Até lá, acrescenta a mesma fonte, “o BCG-Brasil continua plenamente operacional, focado no desenvolvimento da sua atividade no mercado bancário Brasileiro, com maior especialização no apoio às filiais de empresas Portuguesas no Brasil e a particulares de elevado rendimento residentes no Brasil com interesses patrimoniais em Portugal”.

Em maio o Jornal Económico noticiou que a administração liderada por Paulo Macedo tinha recomendado ao Governo que, uma vez estando concluído o plano de reestruturação acordado com as autoridades europeias (mesmo sem a venda da Caixa Brasil, que estava prevista), deveria ser interrompido o processo de venda não só da Caixa Brasil como do Banco Comercial do Atlântico, de Cabo Verde.

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