A inflação de janeiro registou uma variação de 8,4% face ao mesmo mês de 2022. Os números definitivos foram publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e revelam uma ligeira revisão em alta face à estimativa rápida avançada a 31 de janeiro, que era de 8,3%. A evolução denota, anda assim, um abrandamento da subida dos preços face aos três meses anteriores. Em dezembro, a taxa de inflação homóloga foi de 9,6%, pelo que o valor de janeiro é 1,2 pontos percentuais abaixo da verificada no mês anterior.

A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação de 7%, que compara com os 7,3% em dezembro.

O principal contributo para esta evolução dos preços foi dado pelo índice relativo aos produtos energéticos que diminuiu pela terceira vez consecutiva, para 7,1%, quando em dezembro tinha registado uma subida de 20,8%. Também aqui houve uma revisão em alta, já que a estimativa rápida indicava uma redução para 6,8%. O INE destaca a diminuição dos preços da eletricidade.

Sem dar tréguas continua o índice relativo aos produtos alimentares não transformados, que continua em alta. Em janeiro a variação foi de 18,5%, não tendo sido revista em alta. O valor é 0,9 pontos superior ao registado em dezembro. Destacam-se os aumentos homólogos dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas, de 20,6%. Houve ainda uma variação negativa dos preços da saúde, que baixaram 1,7%.

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No que toca à variação mensal do Índice de Preços ao Consumidor, entre dezembro e janeiro, terá caído 0,9%, uma percentagem superior à queda de 0,3% verificada em dezembro face a novembro.

O INE refere ainda que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que serve de base à comparação europeia, registou uma variação homóloga de 8,6%, inferior em 1,2 pontos à do mês anterior e superior em 0,1 pontos ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro. De acordo com o INE, excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 7,8% em janeiro, após ter ficado nos 8% em dezembro, o que significa que foi superior à taxa correspondente para a área do Euro, que terá sido de 7%).

Inflação abranda pelo 3.º mês consecutivo e fica nos 8,3% em janeiro