O Presidente da República disse esta sexta-feira esperar “não ter razão” quanto à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a aplicação dos fundos chegar “ao fim da linha” com um aproveitamento total.

“Eu prefiro não ter razão e que, no fim de tudo, haja 100% de execução”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado, que falava aos jornalistas à margem da inauguração de um mural em sua honra criado pelo artista transmontano Trip Dtos, na aldeia Podence, disse esperar que, ao longo deste ano, as verbas do PRR possam ser distribuídas, que cheguem “ao fim da linha” e que, consequentemente, acabem “por chegar ao objetivo final que são obras executadas”.

“O objetivo de todos é que essa parte final [atribuição de fundos às entidades públicas e privadas] seja mais rápida e corra bem”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que, ao longo deste ano, tanto as entidades públicas como as entidades privadas, “realmente tenham condições para avançar com mais obra e que isso seja visível em 2023, 2024 e 2025″.

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Os pagamentos efetuados aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) subiram para 1.483 milhões de euros (9%), com a execução a manter-se em 17%, e as candidaturas aprovadas ascenderam a 95.829, segundo o último balanço.

Com os maiores pagamentos surgem as entidades públicas (480 milhões de euros), as empresas públicas (290 milhões de euros) e as escolas (215 milhões de euros), de acordo com o último relatório de monitorização do plano, com informação reportada até 15 de fevereiro.

Seguem-se as empresas (173 milhões de euros), as famílias (129 milhões de euros) e as autarquias e áreas metropolitanas (107 milhões de euros).

Com os montantes mais baixos estão as instituições do ensino superior (41 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (36 milhões de euros) e as instituições do sistema científico e tecnológico (11 milhões de euros).

No total, o PRR já recebeu 149.834 candidaturas, sendo que 95.829 estão aprovadas.

A execução do plano segue em 17%, sendo que o Governo definiu o objetivo de atingir 32% até ao final do ano.