“A Arte de Morrer Longe”

Arnaldo (Pedro Lacerda) e Bárbara (Ana Moreira) vão separar-se. Já decidiram quem fica com o quê, dos livros e da cama ao micro-ondas. Falta só a tartaruga de estimação. O que fazer com ela? Resolvem deixá-la num lugar simpático, onde haja muita água e espaço. O problema é que, por mais que Arnaldo procure, parece não haver sítio perfeito para largar o animal. E o destino da tartaruga transforma-se numa desculpa para o casal ir adiando a separação. Em “A Arte de Morrer Longe”, Júlio Alves transforma o livro homónimo de Mário de Carvalho num filme discretamente melancólico e reservado, todo ele em surdina de emoções, subentendidos e não-ditos, feito à base de pequenas peripécias, insólitos e anedotas, e com uma pontuação visual divertidamente  excêntrica. E no final, tudo se resolve, para a tartaruga como para o casal.

“Mascarade”

Adrien, um antigo dançarino que viu a carreira terminar abruptamente devido a um acidente de moto, envolve-se com Margot, uma sedutora vigarista que vive à custa de esquemas e de manipulações amorosas. Instalado na Côte d’Azur, o casal procura dar o grande golpe que lhes garanta uma vida desafogada e rodeada de luxos, e que envolve uma estrela de cinema reformada e um próspero agente imobiliário. Escrito e realizada pelo actor, argumentista e cineasta francês Nicolas Bedos (“A Belle Époque”), e adaptada de um livro que este tentou escrever na juventude, “Mascarade” é uma comédia dramática policial que conta no elenco com Pierre Niney, Isabelle Adjani, Marine Vacth, François Cluzet, James Wilby e Laura Morante.

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“A Baleia”

Charlie (Brendan Fraser), o protagonista de “A Baleia”, de Darren Aronofsky, baseado na peça homónima de Samuel D. Hunter, dá aulas de Literatura Inglesa “online” a partir de casa. É um docente dedicado e entusiasmado, interessado em que os alunos gostem da matéria e consigam desenvolver um pensamento próprio. Só que eles nunca o viram. Charlie diz que a câmara do seu computador está avariada, mas é mentira. É que o professor não quer ser visto pelos seus alunos porque é assustadoramente gordo, um monstro de adiposidade. E quer suicidar-se comendo até morrer, já que é atormentado por um profundo desgosto e por um enorme sentimento de culpa. “A Baleia” foi escolhido como filme da semana pelo Observador e pode ler a crítica aqui.