O filme “Punkada”, de Gonçalo Barata Ferreira, é o mais nomeado para os primeiros Prémios Curtas, que pretendem celebrar a curta-metragem e os profissionais que nela trabalham, revelou à Lusa o fundador da iniciativa, André Marques.
O divulgador explicou que os Prémios Curtas — cujos vencedores são anunciados na sexta-feira em Lisboa — nasceram de “uma iniciativa espontânea” para reconhecer quem faz curtas-metragens em Portugal, porque grande parte das distinções que já existem se destinam sobretudo aos filmes e não aos atores, diretores de fotografia, responsáveis por guarda-roupa ou efeitos visuais.
De início, a ideia de criar estes prémios anuais envolveu o realizador Bruno Gascon e o ator Edgar Morais. Foi aberto um período de submissões, tendo sido recebidos cerca de 230 filmes e selecionados os nomeados em 18 categorias.
Os prémios são atribuídos em parceria com a plataforma de ‘streaming’ Filmin, com apoio da institucional da Câmara Municipal de Lisboa e da Casa dos Direitos Sociais, que cede o auditório Fernando Pessa para a realização do anúncio dos premiados.
Nesta primeira edição, o filme que reúne mais nomeações é “Punkada”, uma ficção de Gonçalo Barata Ferreira, produzida pela Universidade Lusófona.
Por este filme estão nomeados João Nunes Monteiro (melhor ator), Fábio Batista (ator secundário), Alice Faria e Gonçalo Barata Ferreira (montagem), Luís Silva Nunes (fotografia), Sara Santos (guarda-roupa), Daniel Portela (caracterização), Inês Lopes (direção artística) e André Pereira (efeitos visuais).
Para o prémio de melhor realização, independentemente do género cinematográfico, estão nomeados Ágata de Pinho (“Azul”), Aurélie Oliveira Pernet (“As sacrificadas”), Laura Gonçalves (“O homem do lixo”), Pedro Cabeleira (“By Flávio”) e David Doutel e Vasco Sá (“Garrano”).
Com seis nomeações cada surgem vários filmes, entre os quais “By Flávio”, “Cemitério Vermelho”, de Francisco Lacerda, “Azul” e “Tornar-se um homem na Idade Média”, de Pedro Neves Marques.
Para André Marques, que se apresenta como cinéfilo, autor do projeto ‘online’ Cinema em Portugal, os prémios são generalistas e transversais a géneros cinematográficos, abertos tanto a filmes já premiados como a outros saídos de contexto escolar.
O júri desta primeira edição conta com Bruno Gascon, Edgar Morais, Mia Tomé, Inês Moreira Santos, Hugo Gomes, Teresa Vieira, Rafael Félix e André Pereira.
Na sexta-feira, a sessão de anúncio dos vencedores contará com a exibição das curtas-metragens “Nestor”, de João Gonzalez, “A glória de fazer cinema em Portugal”, de Manuel Mozos, e “Arena”, de João Salaviza.
Em futuras edições, André Marques gostaria que os Prémios Curtas contemplassem “um minifestival, com uma semana de exibição para celebrar as curtas-metragens portuguesas”, disse.