A agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) deverá pronunciar-se esta sexta-feira sobre a dívida soberana portuguesa, depois de ter subido no ano passado o “rating” de Portugal para “BBB+”, com perspectiva estável.

A redução do rácio da dívida pública é um dos pontos fortes de Portugal na avaliação das agências de notação financeira, segundo analistas consultados pela Lusa, que se mostram, contudo, divididos sobre se a Standard and Poor’s (S&P) irá melhorar a perspectiva do país esta sexta-feira.

Em setembro, a agência subiu o “rating” (notação) de Portugal de “BBB” para “BBB+”, mudando a perspectiva para estável.

No relatório divulgado na altura, destaca o facto de, apesar dos custos de energia mais elevados e das taxas de juro crescentes, o país ter continuado a registar um forte crescimento, bons resultados no mercado de trabalho e dos resultados orçamentais, “com o investimento a aumentar devido aos 61,2 mil milhões de euros (26% do Produto Interno Bruto) previstos em financiamento da União Europeia entre 2022 e 2027”.

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A agência assinala que a perspectiva estável reflete a visão de que as perspetivas de crescimento de Portugal são resilientes, apesar dos riscos decorrentes das consequências do conflito Rússia-Ucrânia, e que a dívida do Estado irá continuar numa forte trajetória de queda.

Depois da S&P, a próxima agência a pronunciar-se sobre Portugal será a Fitch, que também subiu o “rating” de Portugal para ‘BBB+’, com perspectiva estável.

O “rating” é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

Os calendários das agências de “rating” são, no entanto, meramente indicativos, podendo estas optar por não se pronunciarem nas datas previstas ou avançarem com uma avaliação não calendarizada.