O primeiro dia de greve dos trabalhadores da plataforma logística da Novadis em Canelas conta com uma adesão superior a 75% em vésperas da celebração do São João, segundo o Sintab.

“As apreciações feitas nestas primeiras horas de greve mostram que a ação de luta está a ser bem-sucedida, com adesão total dos trabalhadores sindicalizados, a quem se juntaram alguns outros não sindicalizados, representando uma adesão superior a 75% da massa de trabalho naquela unidade”, refere o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab) em comunicado.

A greve de dois dias junta-se ao fim de semana e ao feriado municipal de domingo, referente ao São João na cidade do Porto e noutros concelhos da região. O calendário da greve, segundo o sindicato, “impacta ainda mais a operação da empresa, por coincidir com as festividades regionais, que, habitualmente, representam um crescimento exponencial do consumo de cervejas e outros produtos de bebidas alcoólicas”.

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Assim, o Sintab estima que o sucesso da ação provoque um “forte impacto no abastecimento” em estabelecimentos como hotéis, restaurantes e cafés, “levando à falta de cerveja Sagres ou Heineken”.

O sindicato acrescenta que o trabalho do piquete de greve vai incidir “sobre a observação junto dos clientes (pontos de descarga) no sentido de perceber se a empresa não cairá na tentação de substituir ilegalmente os trabalhadores em greve”. Os trabalhadores da Novadis reivindicam a integração no Acordo de Empresa da Sociedade Central de Cervejas / Heineken, “à imagem do que aconteceu aos trabalhadores das Águas e do Hotel do Luso”, bem como um “maior equilíbrio das remunerações entre motoristas e ajudantes”.

No entender do sindicato, ambos têm um papel essencial na execução das tarefas diárias, sendo que os ajudantes têm, atualmente, um salário apenas 15 euros acima do salário mínimo nacional. Contactada pela Lusa, a Central de Cervejas, que detém a Novadis, remeteu esclarecimentos para mais tarde.

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