O Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Cabo Verde aumentou 8,6% no primeiro trimestre deste ano, face a 2022, para 27,8 milhões de euros, liderado por Portugal, segundo dados do banco central compilados pela Lusa esta quinta-feira.

De acordo com o mais recente relatório estatístico do Banco de Cabo Verde (BCV), o arquipélago captou de janeiro a março quase 3.080 milhões de escudos (27,8 milhões de euros) em investimento estrangeiro – sobretudo no setor do turismo –, registo que compara com quase 2.837 milhões de escudos (25,6 milhões de euros) no primeiro trimestre 2022.

O IDE de Portugal em Cabo Verde aumentou 11% neste período, passando de 814,6 milhões de escudos (7,3 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2022 para 903,5 milhões de escudos (8,1 milhões de euros) de janeiro a março últimos.

O Investimento Direto Estrangeiro – que inclui também participações, lucros reinvestidos e outro capital – em Cabo Verde já tinha disparado quase 60% em 2022, face ao ano anterior, para 121,6 milhões de euros, liderado por Portugal, segundo dados do banco central compilados anteriormente pela Lusa.

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De acordo com um relatório estatístico do BCV, o arquipélago captou de janeiro a dezembro de 2022 mais de 13.445 milhões de escudos (121,6 milhões de euros) em investimento estrangeiro – sobretudo no setor do turismo –, registo que compara com quase 8.499 milhões de escudos (76,4 milhões de euros) em 2021.

Trata-se de um aumento de 58,2% num ano e quase equivalente à soma do IDE captado nos anos anteriores, de 2021 e 2020 (6.547 milhões de escudos, 59,2 milhões de euros), juntos.

Portugal liderou igualmente entre o investimento externo em Cabo Verde em 2022, com quase 4.517 milhões de escudos (40,6 milhões de euros), essencialmente na ilha do Sal, seguido de Itália, com 371 milhões de escudos (3,3 milhões de euros), e Angola, com 295 milhões de escudos (2,6 milhões de euros).

Do total do IDE captado por Cabo Verde em 2022, quase 7.695 milhões de escudos (62,3 milhões de euros) foram especificamente para projetos ligados ao turismo e à imobiliária turística. Este desempenho segue-se a um crescimento de 38,2% no IDE garantido por Cabo Verde em 2021, face ao ano anterior, igualmente liderado então por Portugal. Antes, em 2020, o IDE captado por Cabo Verde caiu 33,7%, impacto justificado então com os constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19.