Aqui, encontra uma grande diversidade de paisagens e ambientes, desde praias com areais a perder de vista, montanhas e planícies douradas, cidades vibrantes e cosmopolitas e um património histórico inigualável. Para além de uma economia em crescimento, o nosso país apresenta o ambiente propício para o investimento.

Em 2022, Portugal destacou-se mais uma vez no investimento direto estrangeiro (IDE). Nunca o país foi tão atrativo para projetos empresariais internacionais, com um total de 248 investimentos no ano passado, um aumento de 24% face a 2021, segundo dados da EY Attractiveness Survey Portugal, um estudo que avalia a atratividade de vários países em termos de IDE.

Compreendemos facilmente o motivo. A combinação de fatores económicos favoráveis, uma localização estratégica e uma qualidade de vida excecional torna Portugal um local atrativo para os negócios. Posicionado na ponta sudoeste da Europa, o nosso país serve como uma porta de entrada para os mercados da União Europeia, África e América do Sul, abrindo caminho para um mercado de mais de 500 milhões de pessoas.

Além disso, temos acesso a uma rede de comunicação bem desenvolvida e estamos a crescer em setores essenciais, como a tecnologia, as energias renováveis e o turismo. O ambiente empreendedor em Portugal está a intensificar-se, com várias incubadoras e startups, criando oportunidades para empresas inovadoras que desejam expandir as suas operações.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No entanto, esses investimentos não são só favoráveis para os estrangeiros, desempenham um papel fundamental na atividade económica e na criação de emprego em Portugal. De acordo com o relatório da OCDE, Impacto do Quadro Regulatório no Investimento Estrangeiro em Portugal, publicado em março deste ano, as empresas estrangeiras estabelecidas em Portugal representam apenas 2% do total das empresas no país. No entanto, o impacto efetivo do IDE e a sua influência no tecido empresarial e económico são muito superiores.

Por exemplo, a mesma fonte indica que estas empresas estrangeiras garantem 18% do total dos postos de trabalho em Portugal, o que é nove vezes mais do que o número absoluto. Em termos de valor acrescentado, esta contribuição relativa aumenta até aos 28%. Além disso, em relação aos salários, estas entidades pagam em média 7.3% mais aos trabalhadores altamente qualificados.

É inegável que o investimento de empresas estrangeiras em Portugal tem, de modo geral, trazido benefícios significativos para ambas as partes. O país continua a evoluir e a modernizar-se, o que faz com que o interesse das empresas estrangeiras persista e cresça, contribuindo para o enriquecimento do tecido empresarial português.

No entanto, para mantermos um equilíbrio saudável entre os interesses económicos e sociais, é importante que se continue a promover o desenvolvimento de empresas nacionais e a investir em educação e formação, assegurando que a força de trabalho do país permaneça competitiva no mercado global.

Portanto, embora hoje seja uma vantagem, no futuro dependerá da capacidade do país de se adaptar às mudanças globais e de garantir que os benefícios se estendam a todos os setores da sociedade.