O presidente da Câmara de Lisboa afirmou esta sexta-feira ter disponibilidade para ajudar o Governo no plano de mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), até porque as obras na parte lisboeta vão estar prontas antes do previsto.

“Gostaria que fosse mais cedo [a apresentação do plano de mobilidade]. (…) Quanto mais cedo melhor e, portanto, tudo aquilo que nós pudermos fazer para ser mais cedo, a Câmara de Lisboa está aqui para ajudar”, disse esta sexta-feira Carlos Moedas.

O autarca falava à margem da assinatura do contrato de concessão para a instalação de um polo de empresas inovadoras ligadas ao mar, na Doca de Pedrouços, em Lisboa, à qual também assistiu o ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Moedas salientou que também o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, demonstrou “alguma preocupação” sobre o plano de mobilidade, que, segundo a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, será apresentado pelo Governo entre 10 e 14 de julho.

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“A senhora ministra já deu as datas, mas, no fundo, somos nós que estamos confrontados no dia-a-dia com as pessoas, os comerciantes, os restaurantes. (…) As pessoas estão preocupadas na questão de estacionar os carros, onde é que vão ter aqui as suas atividades a funcionar ou não em certas ruas. (…) Nós não temos ainda essas respostas. Portanto, a senhora ministra percebe obviamente que, para os autarcas, é mais difícil”, disse Moedas.

Segundo o autarca lisboeta, tem havido “um contacto seguramente diário” com Ana Catarina Mendes, com o objetivo de saber em que é que pode ajudar.

“Precisamos desse plano de mobilidade, estamos todos a trabalhar. Eu penso que agora, neste último mês, é aquele em que nós precisamos é de estar unidos de conseguir fazer e ter tudo pronto. Como a Câmara de Lisboa já conseguiu ter pronto aquilo a que se comprometeu, nós estamos disponíveis para continuar a ajudar, mesmo noutros dossiers. O Governo sabe isso”, acrescentou.

Carlos Moedas disse ainda que, da parte de Lisboa, as obras “estão prontas”, ao contrário do que costuma acontecer em Portugal.

“Nós já temos toda a parte da terraplanagem da infraestrutura completamente feita. Estamos a duas ou três semanas de ter o altar completamente feito e, portanto, pela primeira vez – eu diria que isso acontece raramente no nosso país -, estará tudo feito bem antes do evento, [relativamente] àquilo a que a Câmara Municipal se comprometeu”, afirmou.